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sexta-feira, outubro 31, 2008

Estratégia de CRM


Existem 4 fases na relação one-to-one que estão na base do CRM:

- Identificar – significa conhecer o cliente, a sua identidade e o seu historial, ou seja, a forma de contacto preferida, todas as interacções e transacções realizadas com a empresa, todas as reclamações feitas e quais foram as providencias tomadas. O maior desafio desta etapa é que todos os dados estejam disponíveis em cada um dos pontos de contacto com o cliente.

- Diferenciar – os clientes têm diferente valor para a empresa e diferentes necessidades a satisfazer. O objectivo da diferenciação é encontrar os clientes com maior valor e maior potencial.

- Interagir – a interacção é a única forma de conhecer os clientes. Com os clientes de maior valor e de maior potencial o objectivo final é desenvolver uma relação de aprendizagem, onde os serviços e produtos sejam cada vez mais personalizados para que o cliente veja a conveniência em continuar com a empresa. É de salientar o facto que as interacções iniciadas pelo cliente têm maior potencial do que as iniciadas pela empresa.

- Personalizar – Quanto maior o nível de personalização, mais valor é entregue ao cliente, que vê conveniência em continuar fiel à empresa. A personalização é algo simples quando se conhecem as necessidades e as preferências do cliente, mas exige flexibilidade da empresa e formação adequada das pessoas que têm contacto com o cliente, estando preparados para adaptar o seu comportamento de acordo com cada cliente.

Para implementar estas fases será necessário integrar as operações normalmente designadas por “front-office” e “back-office”, permitindo assim que internamente se possa desenvolver uma visão alargada de todos os relacionamentos com os clientes.

Uma estratégia de CRM exige uma mudança cultural que alinhe a empresa, os seus colaboradores e, ainda, os seus sistemas, para um modelo de negócio orientado ao cliente, em vez dos modelos centrados nos produtos ou nos processos de gestão.

quinta-feira, outubro 30, 2008

Decisão do orçamento para publicidade



A gestão de topo deve considerar cinco factores ao estabelecer o orçamento para publicidade.

1. Estágio no ciclo de vida do produto. Novos produtos geralmente recebem grandes orçamentos a fim de desenvolver a consciencialização e fazer com que sejam experimentados pelo consumidor. As marcas estabelecidas normalmente mantêm-se com orçamentos mais baixos em relação às vendas.

2. Participação de mercado e base de consumidores. Marcas com grande participação de mercado geralmente exigem menos gastos com publicidade, em termo de percentagem sobre as vendas, para manter sua participação. Melhorar a participação, aumentando o tamanho do mercado requer despesas maiores com publicidade. Numa estimativa de custo por meio do impacto provocado no público, é mais barato atingir consumidores de uma marca amplamente utilizada que consumidores de marcas com pequena participação no mercado.

3. Concorrência e saturação da comunicação. Num mercado com muitos concorrentes e altos gastos com publicidade, uma marca necessita anunciar maciçamente para ser conhecida. Mesmo a saturação de anúncios não directamente concorrentes da marca cria a necessidade de mais investimento em publicidade.

4. Frequência da publicidade. O número de repetições necessárias para passar a mensagem aos consumidores exerce um impacto significativo sobre o orçamento para publicidade.

5. Grau de substituição do produto. Marcas que se encontram na categoria commodities (cigarros, cervejas, refrigerantes) exigem publicidade maciça para estabelecer uma imagem diferenciada. A publicidade também é importante quando a marca oferece benefícios ou características exclusivas.

quarta-feira, outubro 29, 2008

Em que consiste o Marketing Interno?


O marketing interno é um dos elementos chave do marketing de serviços, a par do marketing externo e do marketing interactivo. “No marketing interno, a empresa deve treinar e motivar eficazmente os seus funcionários (…).

Para que a empresa possa fornecer uma qualidade coerente de serviços, todos os funcionários devem ser orientados para o cliente. Não basta ter um departamento trabalhando o marketing tradicional, enquanto o resto da empresa segue o seu próprio caminho. Todos os membros da empresa devem exercer o marketing”.

Assim, o marketing interno é um modelo de actuação na gestão de recursos humanos que segue os mesmos princípios do marketing tradicional. Considerado como um auxiliar no desenvolvimento da estratégia social da empresa, no sentido em que, dado o equilíbrio social que a empresa procura promover e dada a falta de metodologias para concretiza-lo, é o marketing interno o recurso utilizado para desenvolver uma estratégia social e fundamentar uma politica pessoal. O objectivo do Marketing Interno é a “optimização continua das respostas da organização às mutações da envolvente, o qual se manifesta através de uma gestão eficaz dos seus colaboradores”.

A gradual mudança do foco empresarial do cliente exterior para o cliente interior, tem sido resultado de uma série de mudanças sociais que têm vindo a afectar o modo como os recursos humanos são encarados dentro da empresa. Por um lado temos trabalhadores exigentes, e por outro, empresas preocupadas com a motivação dos seus trabalhadores, à medida que se apercebem da implicação que esta tem na imagem que é transmitida para exterior.

Em primeiro lugar, o colaborador torna-se no novo cliente da empresa. Como no marketing tradicional se estuda o cliente, também isto ocorre no marketing interno, onde se estudam os defeitos e fraquezas dos colaboradores, de forma a transformá-los em vantagens e oportunidades para a empresa. Isto implica o estudo dos seus desejos, necessidades, preocupações, já que de isso depende o sucesso ou insucesso de toda a estratégia social. Os colaboradores passam a ter uma importância determinante, é a ele que tem que ser vendida a ideia, é com ele que se têm que negociar. Na estratégia de marketing interno, os clientes devem ser motivados a estabelecer uma forte ligação com as marcas, produtos e serviços da empresa, que os adquiram e consumam e se fidelizem.

Em segundo lugar, no marketing interno o produto vendido é a própria empresa com uma série de produtos acrescidos: melhores condições de trabalho, maior participação dos colaboradores, melhor clima laboral, maior integração e motivação, maior produtividade, etc. O produto oferecido ao cliente/colaborador interno é uma empresa “aumentada”, onde se definem objectivos, e estes, só são alcançados com a ajuda e o trabalho de equipa.

Em terceiro lugar, para alcançar o grande objectivo de vender a empresa, precisamos de uma ferramenta muito forte, que neste caso, será o Plano de Comunicação Interna, onde as politicas, objectivos e acções de comunicação são definidas e transmitidas, a todos os níveis e, em retorno, as opiniões são medidas.

Em quarto lugar, está a força de vendas. Os directores e quadros médios da empresa têm um papel fundamental na implementação do marketing interno. Só será possível integrar uma gestão de recursos humanos do ponto de vista do marketing se a empresa contar com uma direcção participativa. A questão principal é como desenvolver, entre os colaboradores, um interesse pelos clientes.

Em quinto e último lugar, o objectivo final do marketing interno: o aumento da motivação e da produtividade global da empresa. A ideia do investimento interno, visa, paralelamente, melhorar a imagem externa da empresa no seu todo, contribuindo para satisfazer as necessidades de ambas as partes: clientes externos e internos.

Como resultado, “tal como numa postura de marketing são necessárias novas abordagens do mercado que permitam responder à sua evolução, competitividade e, fundamentalmente, às solicitações de clientes cada vez mais exigentes, deve-se, no plano interno, adoptar uma postura semelhante, uma vez que é nos recursos humanos que reside o valor acrescentado mais relevante de qualquer organização face à sua concorrência. Neste sentido há que procurar implementar estratégias que satisfaçam as necessidades dos clientes internos e que lhes possibilitem a flexibilidade necessária para que possam responder, com eficácia, às exigências do mercado”.

Publicado em Planeta RH

terça-feira, outubro 28, 2008

Será ?

O marketing de personalidades é a aplicação dos instrumentos e acções que visam cativar e conquistar junto dos consumidores a atenção de uma determinada personalidade, que deverá ser identificada como um exemplo em termos ideológicos, morais e/ou comportamentais. Com isto pretende-se que no mercado onde a personalidade está inserida seja mais fácil haver uma maior "permeabilização" de conceitos que levem a que, por exemplo, políticos e porta-vozes de instituições atraíam e cativem mais público.

É geralmente aplicado a políticos ou gestores de grandes instituições, políticas e empresariais, que são a face mais visível e se confundem com a identidade da própria instituição.

É mais flagrante em partidos políticos e instituições de carácter social, onde no primeiro caso principalmente há uma grande necessidade de aproximar essas personalidades aos votantes.

É verdade, no mundo político o marketing permite dar a conhecer não só o aspecto pessoal como também o profissional da vida de um candidato. É comum encontrarmos nas várias campanhas realizadas ao longo dos anos um crescente interesse não só pelas medidas políticas do programa de cada candidato ou partido, mas também a alusão ao seu percurso profissional e pessoal assim como referências à sua vida familiar, como forma de aproximar o candidato ao seu mercado alvo.

O marketing de personalidades vive, no entanto, na dúvida de ser este apenas uma parte da estratégia de marketing de uma organização ou empresa ou de ser um elemento que pode viver separadamente dessa mesma estratégia. A questão que se põe é: será que a marca é a personalidade ou a personalidade faz parte da marca?

segunda-feira, outubro 27, 2008

"The Steak is the Sizzle"


Num relatório de Julho do Keller Fay Group em parceria com a BzzAgent são apresentadas as melhores práticas em WOM (Word of Mouth"):

- O enfoque deve ser dado no Produto: na criação e desenvolvimento de uma "história do produto", em vez do seu grau de inovação;

- Ao ser construída uma "história do produto", o produto será algo que os consumidores recomendarão com orgulho nos seus aspectos mais básicos e de forma simples;

- Devem ser criados mais canais dirigidos aos consumidores, para que estes, e como gostam, apresentem as suas opiniões.

sexta-feira, outubro 24, 2008

O Infante


Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,


E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.



Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

Fernando Pessoa, in Mensagem

quinta-feira, outubro 23, 2008

Quanto mais pesado... mais paga

Gostaria de partilhar convosco um caso que me foi apresentado pelas minhas alunas do curso de Pós-Graduação em Marketing e Comunicação Empresarial (Teresa Simões de Carvalho, Silvia Filipe, Vanessa Pitta-Grós e Magda Reis) e que vem publicado na Revista "Volta ao Mundo" (Novembro 2006, pág.146) que demonstra a criatividade de um proprietário de um pequeno Hotel Alemão.


Na pacata cidade de Norden, na Alemanha, o Ostfriesland Hotel viu a sua taxa de ocupação subir significativamente.

Qual o motivo? E a razão de tanto alarido à volta de um pequeno hotel à beira do mar do Norte? A explicação é simples: Jurgen Heck-roth, o proprietário, preocupado com a saúde de alguns clientes habituais - consequência do consumo de cerveja -, fixou o preço da estadia de acordo com o peso de cada um. Ao fazer o check-in, os clientes são convidados a subir para a balança com o fito de descobrirem quanto vão pagar. Numa razão de € 0,50 por quilo, um casal com um peso conjunto de 130kg (55 a donzela e 75 o cavalheiro) terá de desembolsar €65, com pequeno-almoço incluído. A medida beneficia quem cuida do peso e é a garantia de que o buffet de pequeno-almoço chega para todos.

Órgãos de comunicação de todo o mundo noticiaram a curiosa iniciativa, que deixou Jurgen sem mãos a medir. Tendo o próprio emagrecido 4kg desde Abril passado. Para quem se sente constrangido com o «fiel da balança», o hotel fixa o preço, perdão, o peso máximo de74kg por pessoa em quarto duplo e 78kg por quarto single.

quarta-feira, outubro 22, 2008

Marca "Cristiano Ronaldo" ?


Cristiano Ronaldo é um dos jogadores mais espectaculares da actualidade.

Fenómeno dentro e fora dos relvados, o extremo português é um verdadeiro sucesso comercial. Um verdadeiro activo utilizado por diversas marcas e empresas, bem como pela, cada vez maior, legião de fãs.

Do ponto de vista de Marketing, Cristiano Ronaldo apresenta-se como um jogador de futebol diferente. Procura pautar-se pelo espectáculo no jogo e pela irreverência e rebeldia na vida privada. É diferente ... e tem atitude!

O grande público, e em especial os homens da gestão, sabem-no. O estilo peculiar no trato da bola, o sucesso alcançado no Manchester United e a sua vida privada, adocicada por constantes cabeçalhos nas revistas cor-de-rosa e nos acintosos tablóides britânicos, fazem do jovem madeirense um dos mais apetecidos produtos no universo do desporto-rei.

Aos 21 anos passou também a ser accionista do 2º maior banco privado português, já que parte do pagamento do contrato para utilização dos direitos de imagem até ao Europeu de 2008 foi feito em acções.

Em paralelo, o mercado asiático, ávido consumidor de Ronaldo, tem estado em destaque em algumas das recentes aparições do jogador. É conhecido e reconhecido o dinamismo dos povos orientais, daí que não surpreenda a presença do internacional português na publicidade de uma bebida isotónica indonésia ou de fotocopiadoras japonesas .

Exemplos que atestam o estatuto de uma "imagem de marca" ?

terça-feira, outubro 21, 2008

Os Objectivos do Marketing Cultural



Os principais objectivos procurados com a realização de investimentos em actividades culturais pelas empresas, são os seguintes:

· Estabelecer uma comunicação directa com o público-alvo: ao romper as resistências levantadas às formas tradicionais de comunicação, o marketing cultural promove empatia entre as empresas e o seu público, utilizando a cultura como um veículo neutro de transmissão de mensagens.

· Atrair, manter e treinar funcionários: o marketing cultural cria oportunidades de marketing interno, por exemplo, estimula a criatividade dos funcionários ou ajuda a construir espírito de equipa.

· Estabelece relações duradouras com a comunidade: estamos a entrar no campo da responsabilidade social e na ideia das empresas contribuírem para o bem-estar e desenvolvimento da qualidade de vida da sociedade onde se inserem.

· Reforçar a imagem corporativa da marca: estamos a referir-nos ao facto de que através de eventos culturais, a empresa logra transferir para si os atributos relacionados com o evento. Por exemplo, a associação com um evento de música clássica, transmitiria valores de tradição e refinamento.

· Manter ou incrementar o conhecimento da marca ou da empresa: relacionado com o facto da geração de noticias à volta do evento.

· Potencializar o composto de comunicação da marca: o marketing cultural ajuda às restantes ferramentas do mix de comunicação, complementando-as.

FONSECA REIS, Ana Carla. Marketing Cultural e Financiamento da Cultura, p. 72.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Do marketing segmentado, ao marketing universal


O crescimento das empresas tem dependido das novas gerações, mas a situação está a mudar e poucas serão as empresas que estão realmente preparadas para enfrentar as novas condições do mercado.

A pirâmide etária está a modificar-se na União Europeia e pela primeira vez na história, o número de adultos com mais de 40 anos ultrapassa marcadamente o número de jovens adultos. Prevê-se que em 2050, os maiores de 50 anos representarão a grande maioria dos adultos.

Nos EUA os indivíduos com mais de 50 anos controlam mais de dois terços da riqueza do país e lideram ao nível das despesas em produtos topo de gama. No entanto apenas 10% dos orçamentos de marketing é dedicado ao mercado dos mais velhos. O marketing continua a centrar os seus esforços nos consumidores com menos de 40 anos.

O Japão foi o primeiro país a sofrer este fenómeno populacional, três décadas antes dos EUA.
A distribuição da população deixou de ter a forma de pirâmide, e passou a ter a forma de barril. Muitas empresas que dependem do consumo dos jovens são obrigadas cada vez mais a virarem-se para os mercados mais seniores.

A segmentação é feita essencialmente com base em critérios socioeconómicos, demográficos e comportamentais.

O marketing universal evita fazer associações de um produto e de uma marca em função da idade dos consumidores. O seu principal objectivo é alargar a penetração da marca a todo o universo demográfico, evitando o efeito da divisão geracional. Os valores da marca têm de ter significado e serem comuns a todas as classes etárias que tenham potenciais clientes.

Com a diminuição da população jovem as empresas têm de encontrar estratégias que as aproximem também dos mercados mais seniores, utilizando valores transversais às diversas gerações.

sexta-feira, outubro 17, 2008

As “novas tribos” do futebol






No caso do futebol profissional o ‘marketing’ inovador enquanto técnica está a dar os primeiros passos de forma segura e competente.

Um dos traços mais distintivos das sociedades modernas actuais é o da existência de grupos de pessoas, amiúde assaz heterogéneas, que partilham emoções e paixões. Mais importante, esta partilha traduz-se na existência de comportamentos vividos de forma comum.

As tribos das sociedades modernas resultam da canalização da emoção e da paixão para algum tipo de actividade, geralmente associada a uma forma de ocupação de tempos livres. Um conjunto de rituais (uma águia que plana e aterra antes de cada jogo sobre um pedaço de carne crua), quais tripas de borrego que um sacerdote pagão romano inspeccionava antes de grandes momentos políticos ou militares. Com lugares de culto (estádios, recintos desportivos, pavilhões), objectos de culto, hinos e ídolos, numa “parafernália” que em nada fica a dever a qualquer culto ou seita religiosa.

No caso do futebol profissional o ‘marketing’ enquanto técnica está a dar os primeiros passos de forma segura e competente. Talvez o que distinga esta actividade económica de outras seja o facto de os clientes a não reconhecerem enquanto tal. Emoção e paixão são forças dominantes, levando a que os adeptos não raras vezes pertençam a tribos alinhadas com os grandes clubes profissionais de futebol. Verdade se diga, que no passado presidentes de agremiações desportivas, dirigentes de clubes de futebol e por vezes atletas, já utilizavam algumas técnicas do ‘marketing’, conquanto estas fossem a mais das vezes não articuladas e desprovidas de intento estratégico. O que caracteriza a recente interpenetração do ‘marketing’ com o desporto profissional, em mercados que não os dos Estados Unidos da América do Norte, é o seu carácter metódico, o seu rigor e os resultados que consegue. Ao ponto de cada vez mais os clubes de futebol dedicarem uma relevância de gestão crucial ao ‘marketing’, quase ao nível da atenção que dedicam à gestão desportiva. De facto, uma função de ‘marketing’ forte e consistente é entendida em muitos clubes profissionais como condição indispensável ao progresso de clubes ou de sociedades. Os exemplos do Real Madrid ou do Manchester United são, a nível internacional, exemplos do que acaba de ser afirmado. Atente-se um pouco em algumas realidades: a) possuem adeptos não apenas nos países de origem e nas regiões circundantes às cidades onde estão baseados mas em todo o mundo, com especial destaque para o Continente Americano e a Ásia; b) os adeptos dos países de origem, “nacionais”, estão focalizados no desempenho desportivo e a sua lealdade é para com o clube; c) pagam quotas de sócios e compram bilhetes de época e ainda algum ‘merchandising’; d) os adeptos internacionais estão mais interessados num jogo esteticamente belo, mais fiéis aos jogadores bonitos e com carisma internacional que ao clube; e) consomem principalmente direitos televisivos e camisolas; f) para além dos adeptos ainda existem os patrocinadores que buscam associar-se a emblemas desportivos prestigiados, de penetração em múltiplos mercados, vencedores.

Dois exemplos apenas ilustram a importância do ‘marketing’ neste dois potentados:

- a conferência de apresentação, feita às 11 horas de Madrid de David Beckam, aquando da transferência de Manchester para o Real Madrid, foi, até à época, o segundo evento mais televisionado à escala mundial;

- o Instituto de Turismo da Malásia anuncia um patrocínio de três anos com o Manchester United, preterindo o Chelsea, pois o United tem maior projecção e adeptos que os ‘blues’ londrinos.

Em suma, os grandes clubes profissionais de futebol são muito mais que agremiações desportivas. Cotadas ou não em bolsa e dispondo de vultuosos orçamentos anuais, o desempenho desportivo é relevante mas não o único objectivo. Captar patrocinadores, negociar novos e acrescidos direitos televisivos ou de ‘merchandising’, digressões ao Extremo Oriente, entre outros, passam a ser metas instrumentais de relevo e de ‘marketing’.

Artigo publicado no DE, dia 2/2/2007

quinta-feira, outubro 16, 2008

A Comunicação no Marketing Mix


Outro aspecto importante a considerar no plano de marketing trata-se da promoção do produto ou serviço, a forma de comunicação com o mercado. As organizações sem fins lucrativos também utilizam a comunicação para atingir as suas metas. Assim sendo, cabe ao profissional de marketing estabelecer os objectivos e as metas da estratégia promocional da organização, de acordo com as metas e os macro-objectivos da organização:

Criar consciência -Informar o público sobre produtos, marcas, lojas ou organizações.

Criar imagens positivas - Criar na mente das pessoas avaliações positivas sobre produtos, marcas, lojas ou organizações.

Identificar possíveis clientes - Descobrir nomes, endereços e possíveis necessidades de potenciais clientes

Formar relacionamento no canal - Aumentar a cooperação entre membros do canal.

Reter clientes - Criar valor para os clientes, satisfazer os seus desejos e necessidades e fidelizá-los.


“É pertinente destacar que a comunicação voltada para criar consciência é muito importante para lançar novos produtos ou marcas. Por outro lado, quando produtos ou marcas já possuem imagens claras, criar imagens positivas pode criar valor acrescentando significado aos produtos”. (Churchill, 2000)

“A princípio a comunicação pode ser direccionada para identificar os consumidores potenciais e assim formar um relacionamento com eles, logo depois ela pode esclarecer o que estes consumidores desejam e como a organização pode satisfazê-los”. (Churchill, 2000)

Nickels (1999) esclarece que a comunicação integrada de marketing – CIM, é um “processo inter-funcional” de interacção estabelecendo relacionamentos com os consumidores e também com outros grupos de interesse, onde todos os departamentos da organização contribuem neste relacionamento, ou seja, não se trata somente do departamento de marketing, mas todos devem relacionar-se com o mercado. À medida que estas trocas de informações entre a organização e o mercado acontecem, eles aprendem cada vez mais um sobre o outro.

Tão importante como a definição das técnicas a serem utilizadas na comunicação é a escolha do meio que será utilizado. Alguns critérios que devem ser utilizados para a escolha do meio de comunicação:

- Cobertura ou alcance: número de pessoas ou domicílios expostos pelo menos uma vez durante um certo período de tempo a um determinado meio de comunicação;

- Audiência: percentual da audiência potencial total exposta a um meio de comunicação;

- Frequência: número médio de vezes que uma pessoa ou domicílio são expostos a um meio de comunicação dentro de um certo período de tempo.

A televisão, a rádio, imprensa, banners, painéis luminosos, cartazes, placas, balões, brochuras, bandeiras e o busdoor são alguns exemplos dos meios de comunicação que as empresas podem utilizar. As organizações podem ainda criar a sua própria home page, patrocinar sites ou até mesmo utilizar-se de banners.

Outro aspecto a considerar são as promoções, utilizadas para influenciar o comportamento do consumidor. Churchill (2000) afirma que existem diversas ferramentas de promoção, a destacar: cupões, brindes e prémios, displays, programas de fidelização e exposições.

Todas as organizações devem preocupar-se com suas relações públicas e com o tipo de publicidade que estas geram. Por ser uma comunicação não paga ela pode ser veiculada pelos meios de comunicação como notícia, gozando assim de credibilidade e confiança pelo público de uma maneira geral.

A publicidade deve ser planeada, implementada e controlada como qualquer outra forma de comunicação, podendo ocorrer de várias formas:

- Press-releases: também conhecida como comunicado à imprensa, as informações são escritas pela organização e distribuídas aos meios de comunicação;

- Entrevistas colectivas: a organização convida repórteres e comunicam o que necessitam que chegue até seu público-alvo;

- Actividades e eventos: destinados a chamar a atenção dos media sobre as actividades da organização.

É de salientar que o aspecto das comunicações actuais de marketing tem vindo a sofrer alterações significativas. Isto porque as organizações estão a afastar-se do chamado marketing de massas para dar lugar ao marketing de relacionamento, procurando relacionar-se com os seus clientes de maneira personalizada e direccionada.

Todos os funcionários de uma empresa devem estar envolvidos na busca incansável da satisfação dos clientes dentro da sua função exercida na empresa.

Desse modo, a capacitação, a transparência e a valorização do trabalhador são alguns dos atributos que devem orientar as empresas que desejam ser eficientes na busca da competitividade.

quarta-feira, outubro 15, 2008

O que é a Publicidade ?

A publicidade é uma forma de comunicação paga através da qual se transmitem mensagens orais ou visuais que se destinam a informar e influenciar o público-alvo, utilizando o espaço e tempo de diversos meios de comunicação disponíveis.

A publicidade pode ser de produto ou institucional. A publicidade de produto consiste na divulgação dos atributos e vantagens do produto. A publicidade institucional está focada na organização (empresa com fins lucrativos ou não) que fornece e comercializa produtos.

-Objectivos da publicidade-

Os principais objectivos da publicidade são:

Informar
A informação divulgada pela publicidade visa comparar diversos produtos entre si, segundo certos critérios e objectivos. Apresenta as características dos produtos, o seu conteúdo e o seu modo de utilização, onde pode ser adquirido e onde a assistência técnica pode ser prestada.

Aumentar o nível de notoriedade
As marcas ou empresas produtoras podem ser divulgadas através da publicidade, para que os clientes e os agentes envolvidos na comercialização saibam da existência do produto. No processo de adopção de um produto, quanto maior o nível de conhecimento, maior a probabilidade de experimentação e adopção desse produto.

Diminuir o risco de compra
Ao fornecer informação e aumentar o nível de notoriedade, está a diminuir o risco de compra por parte do cliente. Deste modo, facilita o processo de decisão de compra.

Confirmar a decisão de compra
A incerteza quanto à compra efectuada e os efeitos negativos associados à dissonância cognitiva podem ser minimizados com a publicidade. Assim a probabilidade de repetição de compra aumenta.

Diferenciar
Muitas vezes não é fácil diferenciar os produtos. Assim, o recurso à segmentação baseada em critérios psicológicos torna-se indispensável e a publicidade constitui um instrumento poderoso, que permite tal diferenciação.

Através da publicidade o posicionamento dos produtos no mercado pode ser reforçado pela identificação das classes sociais e estilos de vida, associados ao produto e a quem o compra ou utiliza.

A publicidade constitui assim um instrumento que permite ajudar as empresas no esforço de comercialização dos produtos e, ao mesmo tempo, beneficiar os clientes.

No entanto, na publicidade nem tudo é bom. A divulgação de informações erradas ou enganosas e de promessas não cumpridas constituem uma das principais acusações da publicidade.

terça-feira, outubro 14, 2008

PASSATEMPO: "Desafio Quentes & Boas dá prémio para o melhor argumento"


O passatempo organizado pela Páginas Amarelas, e apadrinhado por Fernando Alvim, volta agora as suas atenções para os "Argumentistas".

A melhor ideia de sinopse, guião e descrição de personagens e locais em que a Páginas Amarelas ou os seus produtos sejam protagonistas, é premiada pela marca com um equipamento Samsung i900 Omnia.

Para participar os utilizadores têm que enviar os textos para: http://desafio@quenteseboas.pt/desafioquenteseboas@gmail.com. Podem também debater outros argumentos participantes no Fórum Quentes & Boas em http://www.quenteseboas.pt/. O vencedor final é dado a conhecer no dia 27 de Outubro.

Quanto ao Desafio Quentes & Boas, os 50 vídeos com mais visualizações no website Quentes & Boas e no Youtube serão analisados a partir dessa data. A 11 de Novembro deste ano, dia de S. Martinho, são anunciados os prémios para os três melhores vídeos. Um júri constituído por especialistas em imagem e criatividade premeia as melhores "películas" com 15.000€, 10.000€ e 5.000€.

segunda-feira, outubro 13, 2008

O Poder das Crianças...

Entende-se que as crianças influenciam directamente os pais quando lhes pedem expressamente para comprarem determinados produtos e estes o fazem. Todavia, fruto dos diversos e repetidos pedidos por parte das crianças, os pais aprendem a antecipar esses pedidos: é o que se entende por influência indirecta.

Estima-se que a influência (directa e indirecta) das crianças sobre as compras dos pais leva a gastos das famílias norte-americanas entre 450 e 500 mil milhões de dólares.

A influência nos gastos paternos depende do grau em que as crianças participam no processo de decisão. Por exemplo, quando uma mãe vai às compras, cerca de um terço do que gasta é para as crianças, mas se a criança estiver presente, geralmente, ela gastará mais do que um terço.

De uma forma geral, as crianças constituem um grupo de influência forte até em áreas como o tabaco e as bebidas alcoólicas (levando os pais a diminuir o seu consumo) e como a reciclagem ou outras “causas” sociais sobre as quais ouvem na escola, na televisão ou junto dos amigos.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Para o fim de semana ... Fernando Pessoa




Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.


Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.

Fernando Pessoa
11-9-1933

quinta-feira, outubro 09, 2008

Marca


A marca é algo que um produto possui que o permite distinguir dos restantes. A utilização de marcas é uma prática corrente, pois não só responsabiliza quem produz ou comercializa um produto como também ajuda o consumidor no processo de decisão de compra.

Através desta responsabilização, transmite-se ao mercado um maior grau de confiança e transparência na comercialização de produtos.

Por outro lado, a marca constitui um activo das empresas, ou seja, tem um valor associado que depende da penetração no mercado dos produtos que a utilizam e da sua força, notoriedade e fidelização.
Existem outras entidades a utilizar as marcas que não só os fabricantes. Assim temos, os agentes envolvidos na comercialização dos produtos, os distribuidores, os grossistas e retalhistas que criam muitas vezes as suas próprias marcas, que são usadas em produtos por si encomendados e fabricados por outras entidades.

Podemos dizer que a importância da utilização de uma marca assenta nas funções que esta desempenha, tais como: identificação, grau de qualidade, segmentação, imagem, satisfação e lealdade.

Identificação
O objectivo de uma marca é que se possa identificar de forma rápida e fácil, de modo ajudar os clientes no processo de tomada de decisão de compra. Por outro lado, diminui o risco de compra já que está associada a um conjunto de atributos tangíveis ou não tangíveis, que os consumidores sabem que vão encontrar nos produtos com essa marca.

Qualidade
Outro objectivo da marca é ajudar na colocação dos produtos em termos de qualidade técnica ou percebida. Diferentes consumidores podem ter diferentes percepções de qualidade para produtos muito semelhantes do ponto de vista técnico.

Segmentação
Os gestores podem utilizar a segmentação do mercado mais facilmente devido à utilização de marcas. Sobretudo quando os critérios seguidos na segmentação são intangíveis a utilização de diferentes marcas para segmentos de mercado diferentes, torna-se na única maneira de distinguir os produtos. Assim, essa prática possibilita o tratamento operacional de cada segmento de uma forma mais eficaz assim como permite um posicionamento mais claro dos produtos oferecidos.

Imagem
A marca possibilita uma impressão psicológica mais fácil e duradoura na mente dos consumidores, ou seja, produtos de uma determinada marca podem conseguir imprimir uma imagem na mente dos consumidores diferente da imagem associada a outros produtos semelhantes com outras marcas.

Satisfação
A satisfação advém na medida em que a imagem criada por uma marca se enquadra nas características psicológicas do consumidor e ao seu estilo de vida, assim ele identifica-se com essa marca, satisfazendo-se com a utilização ou consumo de produtos dessa marca.

Lealdade
A marca intervém de forma decisiva na satisfação por parte do consumidor na compra, utilização ou consumo de um produto. Isso conduz a um maior grau de lealdade e consequente repetição do acto da compra desse mesmo produto. Quando existe uma repetição do acto de compra, o consumidor opta naturalmente por produtos que já o satisfizeram anteriormente.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Banca: plano de contingência?




O cliente está no controlo e os bancos poderão apenas ficar a observar, perdendo-os pouco a pouco ou juntarem-se a eles.

A nossa sociedade vive um problema de excesso de comunicação. E por vezes não é fácil a um banco conseguir que a mensagem esclarecedora se sobreponha a todos os impactos do descomedimento de comunicação existente. Para percebermos a dimensão das dificuldades, eu recordo que, segundo Jack Trout, nos últimos trinta anos produzimos mais informação que nos 5000 anteriores, qualquer jornal diário actual contém mais informação que um europeu médio do séc. XVII podia dispor durante toda a vida e publicam-se diariamente em todo o mundo mais de 4000 livros. Ora, é neste contexto de uma nova era de informação que estes incidentes de falências de instituições financeiras ocorrem.

Perante esta realidade, parece-me que a melhor forma de actuação a considerar é a de informar e esclarecer o mercado com toda a verdade. E se isso é feito apenas pelos meios tradicionais, nos tempos que correm é insuficiente. Para além das linhas telefónicas de apoio e as acções de sensibilização que podem ser feitas pelos colaboradores do ‘front-office’ dos balcões, deverá ser aplicado um plano de contingência que preveja as novas formas de comunicação – ‘social media’. Meios correntes de ‘Social Media’ incluem ‘blogues’, fóruns de discussão, ‘podcasts’, ‘wikis’ e ‘vblogues’.

No passado, existiu um problema de falta de oportunidades disponíveis para que o cliente pudesse exprimir a sua opinião (positiva ou negativa) … agora tudo mudou. O cliente está no controlo e os bancos poderão apenas ficar a observar, perdendo-os pouco a pouco ou juntarem-se a eles. Se um banco não o fizer, fica aqui o aviso, algum outro o fará. As duas palavras-chaves necessárias são: autenticidade e transparência com o objectivo final desejado – confiança. Não é novo de facto, mas esta fase de “crise” pode ser uma excelente oportunidade para um banco “agarrar” aqueles clientes que já estão envolvidos com a sua marca, dando-lhes plenos poderes para se tornarem um verdadeiro ‘opinion maker’.

Estará o estimado leitor a perguntar o que é que pode, ou deve, ser feito em termos de comunicação interna, nomeadamente junto dos colaboradores que estão a vender esses produtos financeiros?

Do meu ponto de vista, a comunicação interna é cada vez mais uma área importante de actuação dos bancos, sobretudo em situações destas. Deverão ser promovidas reuniões de sensibilização e esclarecimento junto dos gerentes de balcão, que deverão desmultiplicar a informação através dos seus colaboradores directos, os gestores e comerciais. Não poderão haver dúvidas, pois é fundamental que no momento da verdade, quando o cliente reclama ou solicita informação, haja capacidade de resposta em tempo útil. Ao mesmo tempo, deverá ser criada uma área nas ‘intranets’ só dedicada a este tema e os colaboradores que estão no atendimento dos balcões deverão ter acesso a um ‘chat’ interno onde possam aprofundar questões de difícil resposta, em tempo real, e a atender o cliente. Refira-se a este nível também a importância da formação comportamental. Os colaboradores deverão estar treinados a actuar em situações de crise e com clientes difíceis. Num sector, em fase de maturidade, sem grandes diferenças entres os produtos financeiros de cada banco, como a banca, o que fará a distinção é a qualidade de serviço. E isso só é possível com colaboradores que dominem, para além da componente técnica, a “arte de sedução” dos clientes. A base desta actuação deverá assentar na criação de novos processos internos, programas de motivação e valorização dos colaboradores. Estes deverão receber apoio da cultura do banco, da estrutura organizacional e da liderança. Quem trabalha neste sector sabe que o desafio é grande, pois a aceitação e a adopção de mudanças culturais e estruturais implica que os líderes, como por exemplo os gerentes e directores de zona, tenham como método de solução de problemas o princípio de cooperação e comunicação interna. Neste momento, é necessário um novo papel, em que o líder precisa de ser o modelo e o exemplo de uma nova cultura organizacional. É quase como um processo de “realfabetização” e “reeducação” orientado para uma cultura do “servir”. Que acredito muito necessário… ou até mesmo indispensável!

www.marketinginovador.com
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terça-feira, outubro 07, 2008

Quem faz Comunicação Interna


Vários estudos sobre Comunicação Interna revelam dados importantes e que entram em choque com o que seria o modelo adequado. Os entrevistados maioritariamente foram profissionais de Recursos Humanos e de Marketing e Comunicação, de empresas de pequena, média e grande dimensão.


- Em 61% das empresas, a Comunicação Interna não é um departamento formal;
- Quando existe, esta divisão, em 43% dos casos fica sobe a alçada do departamento de Recursos Humanos e em 28% a cargo do departamento de Marketing e Comunicação;
-A Administração, em 9% das empresas, é a responsável pela comunicação com os seus colaboradores.

Estas informações mostram que a Comunicação Interna é pouco profissional, não sendo realizada, na sua maioria, por quem percebe do assunto, ou seja o departamento de Comunicação. Outro dado preocupante é que o departamento de comunicação não trabalha directamente com o de Recursos Humanos.

Este dado pode ser uma indicação da falta de um verdadeiro diálogo entre as empresas e os seus funcionários: 67% dos inquiridos não recebem uma medição formal dos resultados obtidos com a Comunicação Interna. A ausência de meios para mensurá-la denota pouco interesse nas respostas dos colaboradores. A falta de avaliação não permite o constante aprimoramento das ferramentas e do conteúdo da comunicação.

Em relação aos problemas para implantar um programa moderno de Comunicação Interna, 63% ressalvam a resistência ou falta de apoio e de reconhecimento da direcção. 19% apontam a insuficiência de dinheiro e 11%, à resistência dos próprios funcionários. É sabido que para a viabilização de um projecto de Comunicação Interna que supra as reais necessidades da empresa e dos funcionários, o cumprimento e a boa vontade das esferas superiores são imprescindíveis.

Para 44% dos entrevistados, a Comunicação Interna é tida como uma mera ferramenta instrumental, sinónimo de medias internas.

A empresa vê a utilidade da Comunicação interna da seguinte forma:

-76%, integração de funcionários;
-61%,inovação dos Recursos Humanos;
-60%, responsabilidade social;
- 57%,mudanças operacionais;
- 53%, mudanças ligadas à reestruturação produtiva;
-51%, inovação de produtos/serviços e responsabilidade social ambiental;
- 48%, mudança cultural;
-47%, diversidade;
-16%, responsabilidade histórica.

Neste quadro observa-se que a empresa ainda não vê a comunicação como um verdadeiro canal de diálogo com o funcionário.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Marketing Cultural como Ferramenta da Construção da marca





As acções de marketing de cariz cultural que visam contribuir de forma positiva para a construção de um marca podem apresentar diversas formas :

• Mobilizando a organização para a construção de marca: as acções de marketing de cariz cultural beneficiam a empresa e os seus clientes, mas também os colaboradores – passam a orgulhar-se de trabalhar na empresa.

• Fornecendo uma experiência de evento para os clientes: o evento é um momento no qual a empresa está em contacto directo com o seu publico alvo, ajudando a empresa a aproximar-se dele. Para a empresa é uma oportunidade de criar um vínculo directo entre a marca e o cliente ou de recompensar clientes importantes.

• Demonstrando novos produtos ou tecnologias: um evento pode ser utilizado para apresentar uma tecnologia na qual a associação com a marca é evidente.

• Criando exposição de marca: o evento pode levar a uma cobertura pelos média, divulgando o evento e proporcionando exposição à marca.

• Desenvolvendo associações de marca: um dos objectivos das empresas investirem em cultura é ganhar determinada associação entre um segmento-alvo. Não se pode esquecer é que a empresa pode obter associações positivas como também negativas.

• Tornando–se parte de um vínculo evento-cliente – efeito de afiliação: em muitos casos um evento pode conseguir que um segmento de pessoas esteja completamente envolvida nele, arranjando tempo para a actividade, mantendo-se informada e actualizada no campo. Fazer parte de um evento pode ser uma questão de identidade.

sexta-feira, outubro 03, 2008

WOM Marketing


De uma forma simples, o «WOM Marketing» consiste em reunir pessoas voluntárias e proporcionar-lhes a experiência de utilizarem e testarem um determinado produto ou serviço. A ideia é que estas pessoas transmitam a experiência que tiveram às pessoas com quem se relacionam diariamente.

É certo que qualquer um de nós já utilizou o “passa palavra” para comprar um livro, para saber a opinião sobre um filme ou até mesmo de um restaurante. A verdade, é que o poder do “passa palavra” sempre foi conhecido como uma forma de persuasão e de influência dos consumidores. Algumas empresas escolhem pessoas com perfis específicos para o “passa palavra”.

Temos aquelas pessoas que sabem tudo sobre todas as coisas, que Malcolm Gladwell, colunista da revista «New Yorker», no livro “«The Tipping Point»” apelida de «mavens», ou os “influenciadores” ou “pioneiros”, que são aquelas pessoas que espontaneamente definem tendências culturais. O primeiro caso conhecido de utilização desta técnica foi o da «Procter & Gamble», que contratou mais de 200 mil adolescentes para falarem sobre vários produtos triviais como a pasta de dentes.

Então, o «WOM Marketing» parte do princípio de que a mensagem de marketing dirigida a cada pessoa é muito mais forte e poderosa, uma vez que é pessoal, ao contrário da publicidade tradicional através de rádio e TV.

Para alguns «marketeers» o «WOM Marketing» suscita alguns problemas de carácter ético, nomeadamente quando existe o pagamento a “profissionais” para dizerem bem de um determinado produto ou serviço, a exemplo do que fez a «Sony Ericsson» que contratou “turistas disfarçados” para lançar um novo modelo de telemóvel que tirava fotografias. No entanto, não nos podemos esquecer que o consumidor é, cada vez mais, sofisticado, sabe o que quer, e se não gostar não compra.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Integração CRM / ERP





Com processos automatizados (como quotas de vendas, submissão de pedidos/ordens de encomenda, processamento, com contas de cliente, histórico de contactos/vendas, os níveis de inventário e os dados logísticos, etc.), a empresa ganha total visibilidade da cadeia de fornecimento – Visão Holística e Integrada.

Eis os principais benefícios da integração CRM/ ERP:

• Facilita o planeamento e a calendarização centrada nas exigências do Cliente, através da empresa e dos seus fornecedores.

• Melhora a experiência do Cliente, ao proporcionar ao cliente, através dos canais disponíveis, o acesso aos serviços e informações da empresa (ex: disponibilizar via Internet o estado da entrega de um produto a qualquer hora e onde quer que estes se encontrem).

• Optimiza as operações – permite basear os processos e o funcionamento na prioridade ao Cliente, ao fornecer informação do cliente em tempo real.
(ex: permite resolver os problemas dos clientes de forma eficiente e no menor espaço de tempo) - workflow.

• Empowerment do Marketing e das vendas, ao dar acesso aos vendedores à informação do cliente, preços e disponibilidades, em tempo real, e permite ao cliente configurar directamente os produtos/serviços.

• Serviço pós-venda possibilita aos empregados visualizar informação e detalhes sobre o Cliente, aceder ao histórico de transacções e contactos do Cliente, num único interface.

• Standardização/uniformização dos dados e dos processos.

• Incremento da eficiência possibilita a adequação das respostas às necessidades e exigências dos Clientes, correspondendo (ou superando) as suas expectativas.

• Contribui para Servir mais e melhor os Clientes, através do Conhecimento do Cliente (actuar em Knowledge bases) e da melhoria da cadeia de Valor.

• Aprofunda o Relationship Management, ao incrementar a Personalização, a Confiança, a Reciprocidade (Learning Relationship) - contribui para o aumento da quota de mercado, através de relações duradouras.

• Constitui uma Proposta de Valor numa perspectiva de LTV (Life-time Value), ajudando à Fidelização dos Clientes, como Parceiros de Negócios.

Actualmente, a solução empresarial para alcançar benefícios e resultados nas empresas, em tempo recorde, passa pela implementação de uma estratégia de ERP e CRM. Diversas empresas, nomeadamente PME’s, implementaram soluções de ERP e CRM, para transformar a sua relação com os Clientes. Este modelo garante resultados vantajosos para as empresas que o instalam. O objectivo fundamental é identificar, atrair e reter os clientes (actuais e potenciais), incrementar a sua satisfação e optimizar a rentabilidade dos negócios.

No entanto, esta adopção rápida do software corre o risco de fracasso, se não for acompanhada por uma alteração de mentalidades dos RH da organização. Com efeito, um software integrado de CRM/ ERP, não é uma “ferramenta mágica”, por esse motivo, não se podem descurar factores determinantes: implementação apropriada, formação adequada das equipas, cultura empresarial...

De outro modo, toda a informação útil que se pode obter através desta aplicação resulta infrutífera.

Os benefícios dos sistemas ERP são clarividentes, tanto como sistemas de redução de custos de fundo, como de crescimento de topo, baixo stock e custos operacionais, produção mais eficiente com melhoramento da qualidade e desperdício, maior procura dos consumidores e melhor “cash-flow”, gestão de investimentos e despesas.

Além destas qualidades, os novos sistemas de ERP são mais que a “espinha dorsal” da empresa são uma clara aproximação da organização ao meio organizacional que a rodeia, nomeadamente a cadeia de fornecimento em que é parte integrante. Assim sendo pode-se definir os novos ERP como sendo uma versão melhorada (ERP II) em que sistemas que se desenvolveram em paralelo como SCM e CRM surgem como parte integrante do sistema principal e funciona como um elo de informação entre as diferentes empresas do plano negocial da sua cadeia de fornecimento.

Conclui-se que os ERP estão em vias de desenvolvimento, e segundo as últimas notícias também em expansão, para exemplo, basta verificar a aposta forte da Microsoft em criar um sistema ERP para PME mas que implemente e integre todas as funcionalidades que as grandes empresas já têm implementadas nos seus ERP, e estas funcionalidades são prometidas com alto nível de compatibilidade e integrabilidade com os modelos já usados nas grandes multinacionais permitindo assim a ligação informacional entre organizações criando assim uma sinergia com um valor incalculável para todas as empresas.

Contudo, muitas vezes ocorre que, por questões financeiras, em vez de ser o sistema a adaptar-se às necessidades da empresa, é a empresa que tem que se adaptar às funcionalidades do sistema, gerando falta de resposta para algumas áreas de negócio da empresa.

Na tentativa de superar a concorrência, temos assistido a associações de empresas que são dependentes entre si (produtoras, distribuidoras, revendedoras, empresas de serviço pós-venda, etc.). Assim é possível manter o padrão de qualidade do produto/serviço não só na produção mas também a nível de todos os intervenientes, desde a produção, à distribuição, à venda e à pós-venda. Neste âmbito, todo o grupo fica fortalecido perante as emergentes exigências do mercado, tendo como objectivo a capacidade de resposta face à concorrência.

Como consequência da união entre empresas, surge a necessidade da redução de custos, nomeadamente a nível da comunicação. Uma das formas de limitar estes gastos, é por exemplo, a utilização do VoIP (Voice over IP), que é uma ferramenta de comunicação áudio/audiovisual através da Internet, permitindo assim a redução de custos. Por outro lado, assiste-se a uma necessidade das empresas em expandir os seus negócios para além do seu país de origem, constituindo assim o VoIP uma excelente ajuda, quer a nível de contacto com os clientes, quer a nível do serviço pós-venda.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Marketing em versão mini

Sabia que cerca de dois terços da população mundial aufere anualmente menos de 1.100€? Sabia que é possível elevar o patamar do poder de compra dos povos de países emergentes como a China, Índia, Filipinas, México e Brasil? Um estudo realizado por C.K. Prahalad da Michigan Business School e Allen Hammond do World Resources Institute, concluiu que os 18 países emergentes mais populosos acolhem 680 milhões de famílias com rendimentos anuais inferiores a 6.000€. Estas famílias representam conjuntamente uma massa crítica da dimensão do PNB da Alemanha - ganham por ano cerca de 1.4 milhares de milhões de euros. Efectivamente, o poder de compra existe nestes mercados, mas em porções diferentes do que nos EUA, Europa ou Japão, onde as populações auferem 20 a 30 vezes mais.

Entramos na era do “Sachet Marketing”. A essência desta nova tendência do marketing reside em ajudar as empresas a colocarem os seus produtos no mercado pensando pequeno, mas em quantidades grandes, sem perder o enfoque na marca. A gigante “Unilever” apresenta soluções ilustrativas na sua gama de detergentes, sabão e champô, para o Brasil, Índia, Filipinas e Tanzânia, onde por exemplo o sabonete é vendido em unidades reduzidas e a preços que rondam alguns cêntimos de Euro. A operadora “Telco” incentiva os Filipinos com um regime de “pré-pagos” que também permite ao cliente vender os créditos não utilizados a terceiros. O “Smart Buddy System” pode render aos seus utilizadores margens de 15%.

O “Sachet Marketing” dirige-se principalmente a clientes com vontade de consumir, mas com dificuldades financeiras. Para o efeito, as empresas que o utilizam recorrem a micro-empréstimos, a porções reduzidas do produto ou serviço, leasing e opções de revenda de parte ou da totalidade do bem.

Em suma, esta “nova fórmula” permite servir um produto ou serviço em porções mais económicas, o que nos tempos que correm é útil a todos nós. Fica a dica para as empresas e consumidores portugueses…