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quarta-feira, outubro 31, 2007

Entrevista ao Jornal de Noticias

Como especialista em assuntos de Marketing e Comunicação, gostaria de saber qual a sua opinião sobre o facto de haver empresas a abandonar o seu “espaço” no SL por falta de visitantes, por considerarem que o impacto não está a ser o desejado e que não compensa o investimento realizado.

Antes de mais é bom analisarmos os números. Em 2006, o Second Life tinha aproximadamente 100 mil residentes, dos quais apenas uma pequena percentagem era utilizador. Actualmente, o SL tem ca. 9 milhões de residentes e, até agosto de 2007, uma média de 30 mil pessoas on line por hora, 720 mil pessoas por dia a utilizar este mundo virtual. Isto significa que acedem diariamente ao SL 8% do total de inscritos. Assumindo um cenário muito optimista que seria que há um ano atrás todos os residentes eram utilizadores diários, actualmente o número de residentes on line é 7 vezes superior. Ora isto mostra-nos que de facto no último ano houve um crescimento do SL..

O facto de haverem actualmente empresas a abandonar o seu “espaço”, deve-se a meu ver a uma entrada precipitada destas empresas, não estudada e não planeada, apenas numa perspectiva de moda e de lucros rápidos. Ora, a filosofia de actuação deverá ser bastante diferente, numa lógica de médio e longo prazo. Se, por um lado, temos no Second Life um público bem qualificado, hedonista e ávido por novidades, que é receptivo a novas experiências e a espaços interactivos. Por outro lado, o avanço da tecnologia possibilita hoje a criação de uma vasta gama de experiências virtuais, que torna as interacções, especialmente nos campos do entretenimento, e-commerce e e-learning, muito mais interessantes.

Assim, para empresas obterem sucesso deverão promover estudos de mercado no SL para conhecerem melhor a realidade virtual, os residentes, e com base nesse conhecimento definir uma estratégia de actuação neste canal, em harmonia com a estratégia de marketing global da empresa. E, desta forma, poderão no tempo obter o retorno esperado.

Acha que o sucesso/inovação do SL “iludiu” as multinacionais que quiseram entrar neste mundo para ter lucro imediato?

É um pouco o que se passou com a “Nova Economia”. São momentos de euforia e, por vezes, de alguma especulação que se criam em torno de inovações que induzem os menos sistemáticos e os menos analíticos a decisões emotivas que podem levar a maus resultados. Por exemplo, empresas como a Cisco, Nissan e Starwood, foram bem sucedidas ao usar o Second Life, implementando estratégias de actuação de marketing pró-activas, assentes numa presença baseada na criação de interacções e experiências com os residentes.

Neste “novo mundo” das redes sociais a publicidade ainda está a tentar perceber como atingir/fidelizar os seus targets?

Julgo que é um problema de princípio. O SL não deve ser visto pelas empresas apenas na lógica redutora da publicidade. A comunicação deverá ser apenas uma parte do mix de marketing a ser considerado.

terça-feira, outubro 30, 2007

Dois bancos em confronto: entrevista Jornal Negócios





Uma marca de raiz para fundir culturas muito distintas

Uma vale mais de mil milhões. Outra 633 milhões. São as melhores na qualidade do atendimento, ditam os clientes. Estão no "top of mind". E juntas? Só com uma nova marca de raiz


"Uma marca é uma história metafórica que está sempre a evoluir." Se a fusão entre o Millennium bcp e o BPI se concretizar, deverá ser criada uma marca única, conforme a estratégia que ambas as entidades seguiram até agora.

A frase citada é do autor Scott Bedbury. Quem a cita é Bruno Valverde Cota. Este especialista em "marketing" defende, a par de Lourenço Lucena, director da consultora Blug, a criação de uma marca bancária de raiz.

"Tratam-se de empresas com marcas, identidades visuais e culturas muito distintas. Do meu ponto de vista, caso aconteça uma fusão, deverá ser criada uma nova marca de raiz que substitua as outras duas.

Uma marca que materialize uma nova ambição. Uma refundação à semelhança do que fez o Millennium bcp e o próprio BPI", comenta Lourenço Lucena.

"Afinal, numa área competitiva como é a banca, ter uma marca forte é um factor crítico de sucesso", acrescenta Bruno Valverde Cota, "academic membership" do Marketing Science Institute. "Mas, quando ambas as insígnias são fortes, será que uma fusão não destruirá as mais valias de cada uma?", questiona.

Clientes satisfeitos

"São as duas marcas bancárias protagonistas das maiores mudanças em Portugal. Foram as primeiras a sofrer alterações na imagem corporativa", aponta o académico. São, também, as duas insígnias com maiores índices de satisfação no que respeita à qualidade de atendimento, sublinha Bruno Valverde Cota.

De acordo com os dados acumulados de Janeiro a Agosto do Basef, o BPI apresenta o índice de satisfação mais elevado (85,7%) por parte dos clientes. Segue-se o Millennium bcp, com 80,2%. Em terceiro lugar aparece o BES, com 76,6%.

As duas insígnias bancárias apresentam também elevados níveis de recordação genérica de marcas. Segundo os dados acumulados de 2006 da Publivaga, Marktest, o Millennium bcp surge em 10° e o BPI em 14°.

Neste "ranking", o BES lidera na 6ª posição. Já marcas como a CGD e o Totta aparecem em 35° e 57° lugares, respectivamente.

Forças e fraquezas do BCP...

E o que diferencia o Millennium bcp? Onde está a sua força? "É uma marca muito valiosa. Impôs-se depois da sua unificação, naquela que foi uma das estratégias de 'rebranding' melhor conseguidas a nível europeu", considera Lourenço Lucena. Goste-se ou não, todos reconhecem a marca", salienta.

"Representa solidez, exprime uma forte presença no mercado, tem capacidade de internacionalização e uma forte preocupação no desenvolvimento de acções para os colaboradores", atira Bruno Valverde Cota.

De acordo com Lourenço Lucena, a força do Millennium bcp "ficou, pelo menos numa primeira fase, danificada com a saída atribulada de Paulo Teixeira Pinto e os acontecimentos que se sucederam". Bruno Valverde Cota considera que o banco de Jardim Gonçalves perdeu o controlo da agenda de comunicação, o que terá revelado ineficiências em termos de gestão de crise.

... e do BPI

Nesta crise, a imagem do líder do BPI, Fernando Ulrich, saiu reforçada. Ou esse não fosse um ponto forte da marca do banco: a força do seu líder. É isso que defende Lourenço Lucena. "Qual a melhor prova do que este último ano e meio?", questiona. "E não nos podemos esquecer de que as instituições e as marcas são seres vivos. São o reflexo das suas lideranças", salienta. "Com este líder o BPI passa uma imagem de tranquilidade e segurança", diz.

Em relação a fraquezas, os dois especialistas em "marketing" apontam factores como a menor dimensão do banco e o menor valor da sua marca.

Millennium bcp e a aposta na marca única

Em 2003, o grupo BCP abandonou as marcas comerciais Nova Rede, Atlântico, Sotto Mayor e BCP, apostando na designação única Millennium bcp, a marca que a instituição tinha na Polónia. "A palavra BCP era fortíssima em Portugal mas não funcionava no estrangeiro. Já Millennium bcp era inteligível em diversas línguas, exprimindo universalidade. Mas, sozinha, remetia para áreas não bancarias", referia, num estudo de marca, Paulo Fidalgo, director de comunicação do grupo BCP.

Resolução? A marca única Millennium bcp. "Millennium", uma palavra com origem latina, é "emocionalmente forte". Já a cor púrpura exprimia uma ruptura com o passado. Mas não totalmente.
A linha cromática é a mesma de sempre e a marca histórica BCP ficou como marca de "endorsement", dando continuidade às faixas bcp existentes nas sucursais. BPI e a flor de laranjeira das quatro pétalas
O Banco BPI nasce em 1998, em resultado da fusão de quatro bancos, o Banco Fonsecas & Burnay, o Banco de Fomento e Exterior e o Banco Borges & Irmão, tendo também sido absorvido, no final desse ano, o Banco Universo, um banco "in-store".

BPI herdou o nome e a cultura do Banco Português de Investimento. Com ele nasceu uma nova imagem. Que pretendia combinar dois atributos: a experiência, reflectida na tipografia e no tom sóbrio do nome BPI, e a harmonia, representada através da cor e do motivo: a flor de laranjeira.

"Em muitas regiões da bacia mediterrânica e do Cáucaso, laranja diz-se com o nome de Portugal, num inesperado vestígio com a história dos Descobrimentos", referia a instituição. "A laranja sugere calor, cordialidade e acolhimento. À flor de laranjeira foi retirada a quinta pétala para se adequar ao número de bancos."

Clientes do BPI são os críticos mais severos do BCP

A marca Millennium bcp vale 1,118 milhões de euros, a flor de laranjeira do BPI tem um capital de 633 milhões. O banco de Jardim Gonçalves está actualmente na segunda posição do "ranking" das marcas nacionais mais valiosas elaborado pela consultora Interbrand.

O BCP perdeu o primeiro lugar para a Caixa Geral de Depósitos, o BPI galgou um degrau subindo para a sexta posição.

Mesmo tendo perdido uma posição, o BCP tem motivos para sorrir De acordo com um estudo encomendado pelo banco à Interbrand, o Millennium é a instituição bancária nacional que, em termos gerais, mais pontua em termos de reputação de marca. Na lista, segue-se o BPI.

Mas os dados mudam de figura quando se analisam as respostas dos clientes de cada banco. Os "consumidores" BPI atribuem ao seu banco uma reputação superior àquela que os clientes BCP atribuem ao banco de Jardim Gonçalves. Mais ainda: os clientes BPI são os mais duros a avaliar a performance do BCP em termos de reputação, de performance económico-financeira, visão e
liderança, qualidade de serviço ao cliente, qualidade de produtos e serviços, qualidade ao nível de taxas de juro e comissões, responsabilidade social e ainda a pior pontuação em termos de ética, cultura de gestão e governo societário.

Ou seja, no estudo encomendado pelo BCP à Interbrand em Dezembro de 2006, ao qual o Jornal de Negócios teve acesso, o banco de Jardim Gonçalves ficou a saber que os clientes do BPI são actualmente os seus críticos mais severos.

E se houver fusão?

Uma marca avaliada em 1,118 milhões de euros une-se a uma outra avaliada em 633 milhões de euros. Valerá esta união 1,751 mil milhões de euros? Não necessariamente.

Num cenário hipotético de fusão entre o Millennium bcp e o BPI, em que apenas uma das marcas sobreviveria ou uma terceira seria criada de raiz, o resultado dificilmente seria a soma das duas partes.

Segundo cenário: após a fusão, a nova entidade bancária opta por manter as duas marcas podendo, por exemplo, redireccioná-las para segmentos distintos. A estratégia poderia ser vencedora. Ou seja, o valor de cada uma das insígnias poderia até aumentar.

Os cenários são "hipotéticos", realça Alexandre Zogbi, director de avaliação de marcas da Interbrand, mas permitem explicar que, à luz dos "rankings" anuais elaborados pela consultora, o valor de cada marca é o somatório do seu capital junto do público e dos resultados financeiros da respectiva empresa. "Uma visão macroscópica", diz Zogbi.

Ou seja, num cenário de fusão é expectável que o valor das duas marcas aumente ao beneficiar da "paternidade" de uma instituição bancária financeiramente mais forte.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Um dia a dia mais tecnológico...

Basta observar rapidamente o quotidiano de um trabalhador para perceber o quanto este está inserido no mundo tecnológico. Jornais pela Internet e telejornais em directo no computador já são coisas comuns ao homem de hoje, que por meio da interactividade mantém os seus relacionamentos cada vez mais estreitos com os meios tecnológicos.

Toda esta facilidade tecnológica levou também à formação de uma sociedade baseada na informação, na qual vivemos hoje. Entre as principais vantagens com as quais se passou a contar está a possibilidade de aceder a informações variadas de qualquer parte do mundo com rapidez.

O aparecimento da Internet foi um feito de grande importância para o desenvolvimento da comunicação. A sua velocidade e instantaneidade possibilitam aos profissionais desta área agilizar as notícias diariamente. Para o profissional de Relações Públicas, tornou-se um eficiente veículo de contacto imediato com a imprensa, dando possibilidade a constantes actualizações de informação, o que é um grande auxiliar em diversas situações, principalmente em momentos de crise.

De entre as inúmeras vantagens apresentadas pela Internet está a velocidade com que são transmitidas as informações, quase que instantâneas, assim como a capacidade de abranger o público noutras localidades, ou mesmo noutros países. Só que esta agilidade que a comunicação ganha através da tecnologia traz também uma nova necessidade: a de responder ao leitor de uma forma instantânea, sem grandes demoras. É a rapidez dos meios electrónicos exigindo a agilidade humana.

Para PINHO (2003), a Internet apresenta ainda outro diferencial, a sensação de tratar as pessoas como sendo as únicas e de interagir com elas: “Na Internet, a organização não está a falar para uma pessoa, mas sim, a conversar com ela”. No entanto, esta falsa sensação de tratamento pessoal que este suporte passa, tende a desaparecer, já que acaba por impedir o contacto físico entre as pessoas.

Por ser um veículo de acesso fácil e interactivo, a Internet transformou-se rapidamente num dos principais meios de comunicação utilizados pelas empresas. Muitas vezes, pela comodidade que este veículo apresenta, os profissionais acabam por achar que pode ser a melhor opção para transmitir as suas mensagens. Mas não é bem assim: os demais meios, inclusive os escritos, ainda são muito eficazes para a transmissão de determinadas informações.

Além disso, antes de desenvolver uma campanha de informação através do computador é preciso avaliar se o público-alvo possui acesso a este instrumento.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Publicidade e Mercados brevemente na sua Livraria

Apresentação

Hoje em dia, as empresas têm de estar bem preparadas e têm de ter em atenção todos os detalhes para melhorarem constantemente os seus processos e fazer face à concorrência. Melhorar a comunicação, interna e externa, é um passo indispensável para o sucesso de qualquer organização.

A tecnologia desempenhou e continua a desempenhar uma função essencial na sustentação e ampliação da comunicação. A Internet, wireless, telemóveis e computadores, entre outros dispositivos, cuja integração com a Web continua a disseminar-se, tornaram-se no próprio “Santo Graal” da nossa cultura empresarial. Assim, no mundo actual, “falar” não implica ser “ouvido”, dado que a comunicação é muito mais do que o simples fornecimento de informação – é colaboração.

Considerando os recentes desenvolvimentos da tecnologia, e com uma visão integrada, este livro apresenta uma nova perspectiva e abordagem à Comunicação, que é ilustrada com o recurso a estudo de casos nacionais e internacionais. Wireless ou não, estamos ligados de formas jamais imagináveis…

Coordenador e co-autor

Bruno Valverde Cota, Academic membership do Marketing Science Institute, é Mestre em Gestão de Empresas (UL) e Doutorado em Gestão de Empresas, na especialidade de Marketing, pela Universidade de Évora. É Professor Associado da Universidade Lusíada, onde dirige cursos avançados de Pós-Graduação. Autor, co-autor e coordenador de vários livros de Marketing e Comunicação, é também Professor Universitário convidado, em diversos cursos de mestrado e doutoramento, de Universidades Portuguesas e Estrangeiras.