My Books

My Books
My Books

sexta-feira, abril 28, 2006

Portugal na 26ª posição em preparação tecnológica


O relatório elaborado anualmente pela "Economist Intelligence Unit", realizado em parceria com a IBM, revela que Portugal ocupa, actualmente, o 26º lugar da lista de preparação tecnológica para a era digital, de um total de 72 países.

Portugal melhorou na sua pontuação geral, com 7.07 pontos, frente aos 6.90 obtidos no ano passado.

Numa posição um valor acima em relação a 2005, Portugal está abaixo de Espanha (24) e Itália (25), acima da Estónia (27) e Eslovénia (28).

Segundo o mesmo documento, diminuiu a diferença entre os países pior e melhor preparados em tecnologia.

quinta-feira, abril 27, 2006

BES apoia a selecção em campanha de 1,5 milhões

Um milhão e 500 mil euros é o montante real que o Banco Espírito Santo deverá investir no projecto de comunicação de apoio à selecção. Este projecto tem como objectivo reforçar o envolvimento afectivo da população, sobretudo das mulheres, com a selecção nacional, que irá representar Portugal no Mundial 2006, a partir de 9 de Junho, na Alemanha. O projecto de comunicação foi desenvolvido em conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol.

A estratégia de comunicação começou, ontem, com a divulgação de um grande formato de publicidade exterior no Marquês de Pombal, onde se vê a camisola número 17 (vestida por Cristiano Ronaldo) e a pergunta "Sabe quem vai ser a estrela do BES na campanha de apoio à selecção?". A fase teaser marcará também presença em televisão a partir de sexta-feira e até dia 3 de Maio. Nesse dia, o BES irá revelar a mensagem principal da campanha, que se irá prolongar até final do mês. A McCann-Erickson foi a agência responsável pela criatividade.

Além de televisão e grandes formatos, o BES vai também apostar em eventos e acções de relações públicas. Uma dessas acções será a distribuição, no dia 16 de Maio, de 10 mil cachecóis oficiais da selecção na Avenida da Liberdade, entre os Restauradores e o Marquês de Pombal. Os cachecóis serão pendurados aleatoriamente em bancos ou postes da Avenida, presos apenas com um nó, de maneira a serem acessíveis aos transeuntes. Para o desenvolvimento desta acção, o BES contará com a colaboração da Parceiros de Comunicação. No dia 3 de Junho, o BES vai oferecer, em parceria com o jornal Expresso, uma bandeira de Portugal. No final de Maio e consoante o desempenho da selecção arrancará a fase celebração .

Dos cerca de 1,5 milhões de euros do investimento global do projecto, 53% será canalizado para televisão, 20% para grandes formatos e outdoor, 23% para eventos e relações públicas e 4% para outras acções .

A par da Federação e das agências, o projecto de comunicação do BES conta ainda com a parceria da SIC, da Câmara Municipal de Lisboa, do Instituto Português da Juventude e do Instituto do Desporto de Portugal.

quarta-feira, abril 26, 2006

Lamborghini lança computador portátil


No âmbito do acordo de parceria entre a Intel e a Lamborghini, vai ser lançado um computador portátil assinado pela marca italiana. Produzido pela Asus, o equipamento possui o novo processador Centrino de núcleo duplo.

Depois dos computadores Ferrari, da Acer, é a vez da Lamborghini entrar este mercado, com o lançamento do primeiro produto assinado pela marca.

O portátil Asus-Lamborghini VX1 utiliza um processador Intel e é fruto da parceria desta fabricante de chips com o construtor italiano (2005), no sentido de promover os seus produtos, designamente os novos Centrino dual-core.

A associação ao sector automóvel parece ser uma aposta da empresa que, recentemente, se aliou à BMW como patrocinadora e fornecedora de equipamento.

Em Janeiro, a Asus foi escolhida para fabricar o novo portátil, que será vendido com o processador T2500, de 2 GHz. Este possui tecnologia de núcleo duplo que, segundo a Intel, oferece uma superior eficiência a nível da capacidade de processamento e consumo de energia.

O VX1 possui uma memória RAM de 1 GB, disco rígido de 120 GB, gravador de DVD, ligação Wi-Fi, Bluetooth, placa gráfica NVidia GeForce Go 7400, e utiliza o Windows XP Professional. O ecrã é de 15 polegadas (1400 x 1050).

Contudo, no que diz respeito à capacidade de processamento, não se trata de um equipamento de topo, já que o chip que equipa o computador não é o mais veloz da sua gama.

O novo portátil da Asus será lançado em duas cores, as mais identificativas da Lamborghini, preto e amarelo . O preço a pagar por este equipamento exclusivo rondará os 2800 euros .

A comercialização do VX1 arranca este mês, podendo os interessados adquiri-lo através da loja Lamborghini.

terça-feira, abril 25, 2006

Nada como ter um bom nome...

É preciso ter atenção às várias culturas dos públicos-alvo, não se vá cair em situações no mínimo embaraçosas.


Muitas vezes, o nome que se dá a uma marca tem de atender a diferentes culturas, e é preciso saber do que cada uma precisa. Cada vez mais esta preocupação deverá ser tida em conta atendendo à era da globalização que actualmente vivemos e ao facto de ser cada vez mais fácil acedermos à informação, como seja, através da Internet.

Por isso, além de que na criação de um nome seja importante que se distinga de produtos concorrente, é preciso ter em atenção, que quando escolhemos um novo nome, ao facto de ele não poder ter nenhum impedimento de carácter jurídico nem cultural.

Para isso existem empresas especializadas na criação de nomes, ou seja, naming: a arte e a competência de criar nomes para empresas, serviços e produtos, sem que eles sejam concebidos apenas como parte de uma vocação criativa. Naming é um processo técnico de investigação e pesquisa de nomes, baseado no programa de posicionamento das marcas.

Independentemente de se considerar se é ou não a escolha do nome de uma marca a componente mais importante, é unânime que a denominação mal escolhida pode contribuir bastante para o fracasso de um produto. Vejamos alguns exemplos de situações embaraçosas para algumas marcas mundiais, que não tiveram o cuidado na selecção e adaptação dos seus nomes aos diferentes mercados onde estavam presentes.

Por exemplo, o termo “uno”, que designa um automóvel da Fiat, significa “lixo” na Finlândia, enquanto a expressão “mist”, da marca Silver Mist (Rolls Royce), quer dizer “estrume” na Alemanha.

A rede de pizzarias norte-americana, Pizza Hut, lançou um clazone especial com nome P`Zone mas ao se pronunciar este nome no México, pézon, quer dizer mamilo. Também no México a American Airlines teve alguns problemas por causa do slogan que adoptou para lançar as novas cadeiras em cabedal da primeira classe que ao se traduzir de “Fly In Leather” para espanhol ficou “Vuela en cuero” que quer dizer “Viaje nu”.

No Japão houve uma empresa que tentou lançar um produto que queria ser identificado com estilo e com o glamour francês e deram a uma marca de roupa feminina o nome de “femme de menage” esquecendo-se de que em França essa marca de roupa chamar-se-ia roupa da “mulher-a-dias”.

Em Itália, quem teve problemas foi a marca de jogos Sega que em italiano quer dizer masturbação, o que se tornava complicado num produto direccionado para os jovens.

Também nos números é preciso ter muito cuidado. O número sete é o número do azar no Quénia e em Singapura e, o quatro significa a morte na Coreia do Sul.

Até na produção de filmes publicitários é preciso ter muita atenção. Por exemplo, a Nike tinha um spot publicitário de umas sapatilhas que era filmado no Quénia usando figurantes de uma tribo local e no fim do filme a câmara aproxima a imagem para um desses figurantes que está falando na sua língua enquanto aparece a assinatura “Just do it”. Quem estava mais atento e percebia o seu dialecto pôde verificar que o indígena estava dizendo: “Eu não quero esses. Dêem-me uns sapatos grandes.”

Para que não se passe por este tipo de situações, antes de lançar um novo nome é necessário esclarecer se é uma palavra que já foi registada ou se tem significados dúbios em outros idiomas.

Autor: Duarte Afonso

segunda-feira, abril 24, 2006

Os homens que estão por trás das boas ideias

Ana Filipa Amaro e Marta Diniz de Araújo

Há campanhas publicitárias difíceis de esquecer. Uma das últimas da operadora Optimus, em que um casal de namorados se atira de cima de um prédio, a do Europeu de Futebol 2004 que convocou, através de várias personalidades, como o seleccionador Scolari, todos os portugueses a apoiar a selecção de Portugal ou, ainda dentro do espírito de adepto fervoroso, a da Galp onde Luís Figo exigia “Menos Ais”.

Lembrar, com certeza que se lembra. Mas o que não conhece são as caras e as histórias de quem as criou. Por isso, fomos descobrir quem são os criativos destas e de outras campanhas. O que pensavam ser enquanto miúdos, as trocas que a vida lhes deu, as suas inspirações e a falta delas e como se imaginam quando chegar a hora de pôr as ideias de lado.

Para chegarmos aos criativos seleccionámos as três agências que melhor estão a iniciar o ano de 2006, de acordo com a sua posição no ‘ranking’ de presenças nos diversos meios de comunicação. Assim sendo, aparece em primeiro lugar a Euro RSCG, em segundo, a Ogilvy Portugal e, por fim, a BBDO. A listagem completa está disponível no site da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), www.apan.pt.

Pelas confissões dos publicitários, isto da criatividade tem muito que se lhe diga e pode muitas vezes ser “um caso mais de transpiração do que de inspiração”, segundo Paulo Monteiro, director criativo da Euro RSCG. “Pensando. Muito.” é o truque usado por Cristiano Zancuoghi, um dos dois directores criativos da Ogilvy Portugal, para chegar a ideias brilhantes. Já Nuno Cardoso, director criativo da BBDO, compara as ideias a borbulhas: “aparecem sempre onde menos se espera”.

Habituados à pressão de tirar boas ideias da cabeça como quem tira coelhos da cartola, sabem lidar com a falta delas. Sem stresses, já sabem onde procurar rasgos de genialidade. O cinema, a literatura, as conversas do dia-a-dia e as viagens são algumas das fontes que alimentam estes senhores das ideias.

quarta-feira, abril 19, 2006

Pintar a baixa pombalina para promover uma tinta


A empresa de tintas SigmaKalon Portugal vai doar a Lisboa milhares de litros de tinta para recuperar 500 edifícios degradados da baixa da capital, através de um protocolo assinado com a Sociedade de Reabilitação Urbana - Empresa Municipal (SRU).

Esta é uma acção fundamental, uma vez que a baixa pombalina é candidata a Património Mundial da Humanidade pela UNESCO .

Apesar de ser um projecto de responsabilidade social, a SigmaKalon Portugal pretende a promoção da marca. A empresa detém, actualmente, 2% de quota do mercado nacional mas o objectivo é alcançar os 5% em 2008/09, tornando-se numa das cinco maiores do sector a médio prazo. Para este ano, estimam uma facturação de cinco milhões de euros.

A cedência das latas de tintas facilita também a divulgação do novo nome da antiga Ripolin Portugal , que no início do ano se passou a designar SigmaKalon Portugal, adoptando a designação da casa-mãe internacional, vice-líder no mercado europeu das tintas decorativas. Nesta alteração, foram gastos 100 mil euros.

O grupo, presente em 40 países, emprega dez mil pessoas e, em 2005, facturou 1,7 mil milhões de euros.

terça-feira, abril 11, 2006

Experimente. Talvez até queira comprar

Marta Diniz de Araújo

Estará a publicidade massificada a chegar aos seus últimos dias? Provavelmente, não.

De qualquer forma, o consumidor de hoje está cada vez menos sensível à publicidade tradicional. Por isso, as marcas têm de encontrar maneiras diferentes e mais estimulantes de chegar e interagir com os seus clientes. Afinal, estamos na era do consumidor experiencial.
O ‘tryvertising’ é uma das técnicas de marketing experiencial que pode fazer a diferença no que diz respeito a promoção de marcas.
Mas afinal em que consiste? Basicamente, é uma forma de o consumidor se familiarizar com as novidades que as marcas põem no mercado através do que nos é mais natural: a experimentação. A vantagem é que o consumidor passa a lembrar-se do produto ou serviço não através da mensagem publicitária veiculada, mas pela experiência que viveu.
Por exemplo, se estiver a fazer compras numa grande superfície e lhe oferecerem um novo tipo de cerveja, isso é ‘sampling’, ou seja, uma promoção com degustação no ponto de venda, como explica Luís Rasquilha, professor universitário nas áreas de comunicação e marketing e director de marketing da revista Marketeer. No entanto, “poderá assumir o conceito de ‘tryvertising’ quando o entendemos como um foco de relação duradoura e de envolvimento com o consumidor, o que obriga a uma lógica de ‘on going relation’ e não de apenas ‘sampling’ normal”, acrescenta o professor.
Luís Rasquilha assegura que o ‘tryvertising’ resulta porque aumenta o envolvimento e o LTL (’Long Term Loyalty’). Consequentemente um consumidor que se relaciona com a marca torna-se apóstolo dela e é mais fiel a longo prazo.

Que vantagens tem?
Esta técnica tem muitas vantagens. As marcas conseguem aproximar-se dos consumidores, criando emoções e recordações. Além disso, através do ‘tryvertising’ as marcas conseguem aumentar os níveis de fidelização dos clientes. De acordo com Luís Rasquilha, é muito vantajoso para as marcas estar em contacto com consumidores interessados. Gerar atenção pela experimentação melhora os índices de preferência, paixão e escolha, garante o especialista.
Em Portugal ainda não é uma técnica comum, uma vez que ainda está em desenvolvimento, explica o director de marketing da Marketeer. Para que o conceito evolua no mercado português é preciso que haja mais marcas a aderir ao ‘tryvertising’. Segundo conta Luís Rasquilha, “marcas que se dirigem a ‘targets’ mais específicos e numa lógica relacional têm desenvolvido estratégias de ‘tryvertising’ tentando optimizar a experiência”. Por exemplo, marcas de automóveis topos de gama, marcas de luxo ou mesmo de grande consumo têm, segundo o especialista, aproveitado o marketing experiencial como forma de gerar ‘tryvertising’. Como? Criando eventos onde os clientes podem fazer ‘test drives’ em espaços especiais, como muitas marcas de automóveis o fazem na Penha Longa, colocando os clientes em contacto com o produto, ou como o fazem as empresas de telemóveis que organizam demonstrações ‘in loco’ de equipamentos topo de gama.

Apenas uma evolução?
Apesar de haver especialistas que defendem que o ‘tryvertising’ é apenas uma evolução do ‘sampling’ e da experimentação em pontos de venda, outros são mais optimistas e afirmam que este é um meio alternativo que permite aos consumidores relacionarem-se com os produtos de uma
Leandro Alvarez, presidente e director criativo da TBWA, explica que “o ‘tryvertising’ sempre existiu, desde o dia em que alguém deu a provar um de seus produtos antes de os vender”. O criativo acrescenta ainda que a palavra que surge agora, como tantas outras, serve para vender livros e palestras e também para dar nome a uma tendência que algumas grandes marcas como a Nike, Adidas ou Gucci iniciaram com os seus mega espaços onde se vive e se compra a marca”. Para Leandro Alvarez não é provável que o ‘tryvertising’ substitua, algum dia, a publicidade tradicional. Por várias razões. Por um lado por que se trata de uma prática cara na sua vertente mais sofisticada. Por outro porque o objectivo foi sempre ser complementar à actividade publicitária.
Leandro Alvarez não está sozinho na sua convicção. Luís Rasquilha concorda e defende que a publicidade tradicional não está condenada. “Apenas têm surgido inovadoras e divergentes formas de procurar maior eficácia na relação com o cliente”. Segundo o especialista em marketing o que o ‘tryvertising’ faz é precisamente acentuar esta procura, baseando-se no pressuposto de que a experimentação tem uma eficácia muito elevada, uma vez que colocamos o consumidor em contacto directo com a marca. Neste sentido, garante Luís Rasquilha, o marketing experiencial é um suporte da comunicação global de marcas.
Rita Simões, directora executiva da Latitudes Promoção e Eventos, uma empresa que entre outras coisa, se dedica à concepção, implementação e gestão de acções para a promoção de vendas, também não tem dúvidas quanto à saúde da publicidade. Está bem e recomenda-se. O que existe entre o ‘tryvertising’ e a publicidade é complementaridade, explica. “A publicidade gera massas, contactos diários e persistentes através dos vários meios de comunicação. O ‘tryvertising’ é personalizado e experiencial, num apelo aos sentidos. Ambos formam a sinergia perfeita”, acrescenta.
Para continuar a surpreender os consumidores as marcas têm que apostar com criatividade, imaginação, inovação e responsabilidade. É preciso “causar impacto a qualquer hora e em qualquer lugar com uma boa experiência”.

Nova Certa é a revista com maior tiragem em Portugal

A Revista Certa, título de referência dos hipermercados Continente, passa a ser a revista de maior tiragem do país com 1,3 milhões de exemplares. Esta publicação acaba de ser totalmente renovada apresentando-se, a partir da próxima terça-feira, com um novo grafismo e novos conteúdos, desenvolvidos à medida dos seus clientes.

De distribuição gratuita, os 1,3 milhões de exemplares passam a estar disponíveis quinzenalmente nos hipermercados Continente e nas caixas de correio dos lares das zonas de influência das mesmas.

A Certa está agora dividida em sete áreas: actualidade, saúde, beleza e bem–estar, comportamento, moda, lar, lazer e televisão e guia de compras ; complementado por um grafismo mais actual, colorido e moderno. Todos os temas são vocacionados para a família.

Desde a sua criação que a proposta da Revista Certa é a de oferecer ideias práticas para ajudar as famílias a viver melhor o seu dia-a-dia. Este conceito é agora reforçado com uma maior diversidade de temas, distribuídos por mais páginas, e ainda com a novidade de disponibilizar um guia de compras com as informações dos folhetos promocionais.

A nova revista Certa pretende proporcionar aos clientes entretenimento e lazer. É uma forma inovadora de chegar aos clientes, reforçando a relação de confiança e de empatia com os mesmos. Editada pelo Grupo Edimpresa, a revista oferece conteúdos propostos em entrevistas, notícias e reportagens, anunciando dicas e conselhos.

No próximo número desta publicação, Margarida Pinto Correia é a figura de destaque. As leitoras encontram ainda nesta edição dicas sobre a rinite, os benefícios das massagens, bricolage, sugestões para viagens, o corte de cabelo e maquilhagem mais adequada para esta estação.

sexta-feira, abril 07, 2006

CTT pressionam CGD a avançar para Banco Postal

Os CTT estão a pressionar a Caixa Geral de Depósitos para avançar com o Banco Postal. O presidente dos CTT, Luís Nazaré, assegura que o Banco Postal estará concluído até ao final do ano, apesar de ainda não terem licença do Banco de Portugal. A Caixa exerceu direito de preferência em Março do ano passado CTT pressionam CGD a avançar com Banco Postal até ao final do anoOs CTT estão a pressionar a Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o arranque do Banco Postal (BP). Com grupos de trabalho constituídos há quinze dias, sem plano de negócios e licença do Banco de Portugal, Luís Nazaré anunciou recentemente que a instituição será criada até ao final do ano.Mas do lado da CGD não há movimentações. O Jornal de Negócios sabe que não está, por enquanto, a ser trabalhado nada no banco estatal. E as palavras do presidente da CGD, recentemente, em entrevista ao Jornal de Negócios, são claras. O responsável não deu garantias de que o projecto avançasse e lembrou que primeiro há que perceber o que não correu bem para evitar que se cometam os mesmos erros.O Jornal de Negócios sabe também que não foi ainda feito ao Banco de Portugal (BdP) o pedido de obtenção de licença bancária, informação que o regulador não quis confirmar. Esta autorização pode levar seis meses, ou até 12, caso sejam so-licitados elementos adicionais. O BP ficou sem licença para operar quando encerrado em 2003.Apesar de todos estes constrangimentos, os CTT estão confiantes de que, com boa vontade de ambas as partes, será possível concretizar o objectivo de ter o BP a funcionar ainda em 2006.Certo é que, agora, todo o processo terá de ser recomeçado. Terão, por exemplo, de ser entregues ao BdP documentos como o programa de actividades, que ainda não existe. Não se sabe ainda, por exemplo, qual será o negócio core e a estratégia escolhida para o BP entrar no mercado.Os Correios têm razões para temer pelo arrastar do projecto. Sobretudo pela experiência recente do falhanço da primeira tentativa de avanço do banco, que acabou por fechar. E que foi atribuída na altura em boa parte ao desinteresse da Caixa em avançar.A CGD suporta, no entanto, desde 1998, a imposição do accionista Estado para ser ela a avançar ao lado dos CTT no projecto deste de criar uma rede própria de distribuição de produtos bancários, à semelhança do que existe noutros países. Mas o interesse em avançar é hoje, como sempre foi, sobretudo dos CTT.Por um lado, a nova instituição pode canibalizar parte do mercado da CGD. Por outro, a CGD tem já planeado um investimento de abertura de 90 balcões, sobretudo em Lisboa e no Porto. Aliás, das mais de mil estações dos CTT, hoje apenas 100, aproximadamente, têm capacidade para albergar o Banco Postal, segundo fonte envolvida no processo. É que, consequência da legislação bancária, o BP terá de ter balcões próprios, dentro das estações.A CGD terá, aliás, exercido o seu direito de preferência, em 2005, quando os CTT tentaram avançar com o Banif maioritariamente para garantir que outro banco não ficasse com aquela rede.Para os CTT, o banco postal representa uma oportunidade preciosa de encontrar novas fontes de receita numa altura em que a sua actividade por excelência, os correios, têm cada vez menos negócio.No entanto, a manutenção de boas relações com os CTT é determinante para a parceria que ambos possuem nos seguros. CGD e Correios têm um acordo de exclusividade para a venda de produtos Fidelidade-Mundial aos balcões dos CTT, que foi até recentemente alargado aos ramos não vida. Determinante para a CGD, este acordo terá em breve de ser renegociado, uma vez que termina no final deste ano.Para os CTT, avançar sem a CGD implica encontrar outro parceiro. Apesar de Luís Nazaré ter chegado a dizer no ano passado que avançaria mesmo sem outro parceiro, a verdade é que o BP não pode existir sem a ligação a uma instituição bancária. Se é verdade que noutros países os correios distribuem produtos bancários, em Portugal o regulador garante que apenas as entidades bancárias podem receber depósitos, conceder crédito ou emitir cartões de pagamento.

quinta-feira, abril 06, 2006

BES lança campanha dirigida a imigrantes do Leste e Brasil

Banco tem como objectivo conseguir 15 mil novos clientes nestas comunidades

Brasileiros e ucranianos e outros imigrantes de leste são os alvos e protagonistas de uma campanha bilingue em russo e português do Brasil que vai estar na imprensa, rádio e nos balcões durante o mês de Abril. Realizada pela BBDO, a campanha tem o BES em comum, coloca em cena duas personagens em cada anúncio, seguindo a estratégia de dar nome às personagens: Quem sabe, sabe e o Yuri e o Adilson é que sabem. Na imprensa, as personagens são colocadas lado a lado. Já na rádio, os mesmos mantêm um diálogo bilingue, mostrando como é possível quebrar a barreira linguística, segundo o comunicado do banco.

Numa segunda fase, o BES vai orientar a comunicação Novos Residentes para as soluções e serviços especificamente desenvolvidos para eles, principalmente soluções para envio de dinheiro.Brasileiros e imigrantes oriundos de leste são duas das maiores comunidades estrangeiras residentes em Portugal e que se mantém em expansão. No entanto, existem várias outras comunidades estrangeiras bastante representadas no nosso país, que conta com cerca de 600 mil imigrantes. Para esses, o BES optou pelo marketing relacional, tendo sido enviado um mailing especial para a actual base de clientes de outras comunidades.

A mudança de imagem do Banco Espírito Santo trouxe novos objectivos ao banco, que pretende chegar ao fim do ano com 100 mil novos clientes. Para tal, o BES decidiu investir em segmentos específicos. Além dos imigrantes, onde o banco quer captar 15 mil clientes, a comunicação do BES vai orientar-se também para os estrangeiros reformados a viver em Portugal, e ainda os jovens universitários.

Autor: Emanuel Costa
Fonte: Diário Económico

quarta-feira, abril 05, 2006

McDonald's procura 25 pessoas para exibir nas embalagens


Os candidatos devem enviar um texto de 100 palavras sobre o que mais amam e uma foto que transmita a essência do que escreveram. Crianças também podem participar - desde que os pais enviem o material.

Os escolhidos vão aparecer nas embalagens das sanduíches e nos copos de bebidas da rede em todo o mundo. A campanha que vai procurar as suas 'caras' nao usará media tradicional - espera contar com o boca a boca.

CGD é o banco com maior notoriedade

O trabalho teve como objectivo medir a notoriedade dos bancos versus investimento publicitário e notícias divulgadas na imprensa nacional, especializada e regional e permite, também, verificar se as mensagens transmitidas pelos media têm repercussão na opinião pública A análise baseia-se, essencialmente, no cruzamento da pressão publicitária e do share of voice de cada marca com a notoriedade espontânea dessas mesmas marcas, às quais são ainda associados determinados valores. Os estudos de "Communication Integration" são inovadores em Portugal, tendo por base uma metodologia internacional partilhada em todos os países onde o Grupo Observer está presente.

À questão “quando pensa em bancos qual é o primeiro que lhe vem à cabeça?” a CGD surge em primeiro lugar com 29% das respostas. Surge ainda em primeiro lugar no Top of Mind segundo os escalões etários entre os 35 e os 44 anos, os 55 e 64 e, mais de 65 anos e em segundo lugar entre os inquiridos dos 18 aos 24 anos.

Quanto ao segmento de mercado, a CGD evidencia-se, atingindo o primeiro lugar como banco associado à habitação, ao crédito pessoal/individual, ao crédito automóvel, à poupança reforma, às soluções fiscais, ao crédito, e à poupança. Fica com o segundo lugar nos bancos associados à internet/canais online e com a terceira posição no que se refere à gestão de fundos.

Este estudo analisou ainda a notoriedade em função de determinados conceitos e valores, tendo a CGD liderado os resultados, no âmbito de marcas de bancos, no que se refere a: nacional, juventude, responsabilidade social, solidariedade, seriedade, solidez, segurança, confiança e excelência. Dentro desta categoria, a CGD aparece ainda com o terceiro lugar referente a bancos associados a música e ao desporto.

Este estudo foi realizado à população portuguesa residente em Lisboa maior de 14 anos, sendo a amostra constituída por 500 unidades seleccionadas de forma aleatória. O grau de confiança para o estudo é de 95% e a margem de erro é de 4,35%. Os trabalhos de campo foram realizados por entrevistadores no dia 23 de Janeiro de 2006.

segunda-feira, abril 03, 2006

Lamentação de um académico


Adjectivar um argumento fraco como algo ”puramente teórico” esquece um facto importante: que as boas teorias são tudo menos ”coisas muito teóricas”.

Há expressões que, pelo menos em português, denotam a baixa estima do público em relação aos professores e investigadores universitários. Alguns exemplos: ”isso é uma questão puramente académica”, ”isso são tudo teorias”, ou ”isso é muito teórico”; cujo significado é, essencialmente, que se trata de questões sem qualquer interesse ou aplicação.

É verdade que a máxima de Kurt Lewin, ”não há nada mais prático do que uma boa teoria,” é frequentemente referida. Muitos outros autores poderiam ser citados (já li ou ouvi referências a Aristóteles, Tomás de Aquino e Einstein). Mas a ideia básica mantém-se: os académicos não servem para nada.

Como académico, sinto-me ofendido, especialmente porque se trata de uma generalização errada e injusta. Uma das minhas provas favoritas é a teoria dos números. Imagine-se a reacção do mundo grego quando Euclides demonstrou que cada número inteiro pode ser representado de forma única como o produto de uma série de primos. ”Cá estão os teóricos outra vez, gastando o tempo em questões inúteis. Parece que não têm mais nada que fazer”. Não conheço nenhum relato da época, mas calculo que tenha sido algo deste estilo.

E no entanto, séculos depois, um dos maiores desenvolvimentos em criptografia baseia-se justamente na utilização de números primos. Se hoje em dia podemos com segurança pagar com cartão de crédito na Internet, temos de agradecer aos muitos teóricos que, ao longo de vários milénios, se preocuparam com questões tão académicas como a teoria dos números.

Não é fácil encontrar exemplos tão radicais da transição do puramente teórico e supostamente irrelevante para o eminentemmente prático e até comercial. Nem é esse o meu ponto. Basta pensar um pouco nas coisas para concluir que, em última análise, o mundo é movido por ideias. E por outro lado há muitas ideias que têm valor em si, independentemente da sua aplicação prática e comercial.

Embora o mundo académico não seja a fonte exclusiva de ideias, é claramente uma das fontes primárias. Assim, dizer que certo assunto é apenas uma ”questão académica” caricatura de forma injusta a actividade da academia. E adjectivar um argumento fraco como algo ”puramente teórico” esquece um facto importante: que as boas teorias são tudo menos ”coisas muito teóricas”.
____

Luís Cabral, Professor de Economia da Universidade de Nova Iorque