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terça-feira, novembro 17, 2009

A Comunicação dos Bancos com uma crise






Na sua opinião, de que forma é que uma crise financeira como aquela a que assistimos deve impactar a estratégia e a mensagem publicitárias do sector bancário? É melhor optar pela discrição ou reforçar a comunicação com o público?

O impacto é grande e tem sido sentido, não apenas no que concerne ao investimento em publicidade, mas também em relação ao rigor da mensagem, com a obrigatoriedade de uma explicitação mais clara da natureza ou finalidade dos produtos ou serviços financeiros.
Julgo que há oportunidades que podem ser exploradas, como as novas formas de comunicação: social media e redes sociais. Sabemos que são já uma realidade e podem permitir aos Bancos uma melhor compreensão dos Clientes e são uma forma de os Bancos estarem mais próximos do mercado. Centrar-se no cliente implica estar onde os clientes estão. Todavia, não podem ser vistas apenas como mais um novo canal de comunicação e não são “a solução”. Devem ser integradas numa estratégia global de comunicação. Mas permita-me que lhe diga que mais do que uma preocupação com a Comunicação a tendência é a dos Bancos assumirem novas responsabilidades - ambientais e sociais -, que em vez de factores de risco para o sector, deverão ser abordados como verdadeiras oportunidades de negócio, consubstanciadas na criação de novos produtos e serviços que possam influenciar boas práticas e comportamentos nos diversos agentes económicos. As duas palavras-chaves são: autenticidade e transparência com o objectivo final desejado: CONFIANÇA. Não é novo de facto, mas esta fase de “crise” pode ser uma excelente oportunidade para um banco “agarrar” aqueles clientes que já estão envolvidos com a sua marca, dando-lhes plenos poderes para se tornarem um verdadeiro opinion maker. É isso que os principais Bancos estão a tentar fazer.


Publicado no Jornal de Negócios - 16/11/2009