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quarta-feira, março 25, 2009

Sem demoras, mudemos!





Quais são as pessoas da sua empresa que possuem maior capacidade criativa? Que condições criou para a sua utilização e valorização?

Vivemos num país onde o pensamento organizado e sistémico é bastante frágil. Somos todos muito críticos e "opinativos", as reuniões são "infinitas", é difícil organizar o tempo e o rigor é pouco valorizado. Para agravar a situação, 1 em cada 5 portugueses é pobre e 1 em cada 10 portugueses é analfabeto. Na prática, quase um terço dos portugueses não contribui para o PIB. A percepção de corrupção tem vindo a aumentar, o pessimismo dos portugueses atingiu os níveis mais elevados, as assimetrias sociais e económicas são, cada vez, maiores e, desde 1986, o índice de confiança dos portugueses atingiu o valor mais baixo. Como sair deste ciclo? Tenho lido e ouvido atentamente opiniões de reputados economistas e políticos, mas nenhum deles dá o peso necessário e merecido ao desafio da Educação para Portugal. Antes de mais, quando se fala em Educação pensa-se apenas nas crianças e jovens. E os pais? Sabemos que amam os seus filhos, mas neste "novo mundo" estarão preparados para educar eficazmente os seus filhos? Sabia que a Educação se reproduz? Como tal é essencial a criação de programas educativos integrados para pais e filhos, que, obviamente, terão que ser avaliados e monitorizados. Feito este parênteses, que gostaria de realçar, o que interessa é o futuro. E não vejo ninguém a pensar nisso. Ouvimos medidas avulsas, projectos isolados e Portugal? Como queremos que venha a ser? Quais são os objectivos para o futuro?

Eu gostaria de um Portugal onde as pessoas fossem felizes, onde houvesse confiança. Confiança nas instituições, na sociedade, na família, nas pessoas e sobretudo nos líderes. Fala-se de crise financeira, mas a crise é de evolução. Para mim é provavelmente a primeira "crise de transformação" do mundo global. Temos que mudar, comportamentos, atitudes, estilo de vida e políticas. E, infelizmente, há muita resistência. Dizem-nos que se tem que mudar, mas no fundo não querem. Mas, vamos mesmo ter que mudar! E espero que seja o mais cedo possível. Assim, mais do que nunca, precisamos de líderes "a sério".

Em Portugal, se quisermos ter empresas globais, sustentáveis no longo prazo - não apenas num período efémero "para a fotografia" - é fundamental que se pense não apenas no accionista, mas também no que se poderá fazer para melhorar a sociedade. Desenvolver programas fortes em temas como a mudança climática, direitos humanos e redução da pobreza serão factores críticos de sucesso. Temos que remir a ética e resgatar os valores mais essenciais do ser humano. É basilar uma reflexão sobre o que é menos ético no quotidiano da nossa sociedade, da nossa economia, da nossa empresa, da nossa família e implementar urgentemente mudanças. Traga estes temas para as reuniões de administração ou direcção da sua empresa. Já percebeu o quanto poderá ser importante para o futuro desta? Como disse Einstein, "os problemas mais significativos que enfrentamos hoje não poderão ser resolvidos no mesmo nível de pensar em que estávamos quando criámos esses problemas".

Se é político, economista, gestor ou simplesmente alguém com responsabilidades de gestão sobre um grupo de pessoas ou sobre uma organização não "use" as pessoas, não pense só na sua carreira, não tema concorrência e não perca tempo com intrigas. Trabalhe para transcender, procure superar os seus limites, não deixe de querer crescer e de querer desenvolver profissionalmente os que trabalham consigo. Seja um líder que não teme a mudança e que como não tem medo dela, procura encontrar sempre novas soluções para superar, por vezes, até mesmo causas consideradas impossíveis. Para isso é essencial ser competitivo, mas viver em integridade e coerência, crescendo constantemente em sabedoria e prudência. Das pessoas que trabalham consigo, sabe quais são as que possuem uma maior capacidade criativa? Que condições criou para a sua utilização e valorização? Olhe que um clima de confiança no trabalho estimula a entrega e dedicação. E é um item básico da felicidade. É por isso que luto por ser feliz. E você?


Espero o seu comentário no DE de hoje:

http://economico.sapo.pt/noticias/sem-demoras-mudemos_6559.html

quarta-feira, março 04, 2009

O tempo passa depressa…

O tempo passa depressa… e quando me apercebi… passaram mais de 3 anos desde o início deste Blogue. Aliás, o mundo como vimos diariamente está em constante mudança. As empresas todos os dias mudam e se adaptam. As pessoas constantemente aprendem e se transformam. A vida muda. Os objectivos e as preocupações mudam. Mas, ainda bem que assim é! Tudo isto, o bom e o mau, faz-nos crescer, amadurecer e no fundo, para mim, o importante é continuar a caminhar, a construir, a fazer coisas.

E por isso, nesta fase da minha vida, e por exigências profissionais, com novos projectos e desafios, os posts neste blogue não vão ter o ritmo e a frequência a que vos habituei. Vou manter o blogue, pois parece-me que os vários posts poderão ser uteis e ainda actualizados para futuros leitores, mas não poderão continuar a contar com estes mesmos contributos dários. O tempo não chega para tudo!

Agradeço aos meus fieis leitores e alunos todos os contributos, sugestões, críticas e ideias, com um adeus de até breve,

Bruno Valverde Cota