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segunda-feira, julho 31, 2006

O Maricas do "Jardim sempre em Festa"

Segundo parece a Madeira esteve em Festa. É verdade, o grande evento, a festa anual do PSD foi mais uma vez um grande "sucesso"!

No domingo, Jardim foi aplaudido pelos muitos milhares de pessoas que se concentravam no planalto do Chão da Lagoa, nas serras do Poiso.

Como ingredientes tivemos um Jardim cantor, a chamar o primeiro ministro de Maricas, enfim um verdadeiro “Salvador da Pátria”.

Mais uma vez confirmámos que o Alberto João é um verdadeiro artista, imparável, contra uma oposição medíocre, sem capacidade de resistir aos argumentos do populismo que constrói obra. Sim, parece-me indiscutível o progresso da Madeira nos últimos 30 anos e a visão estratégica do Senhor Jardim em relação ao caminho seguido, mas o estilo adoptado e a impunidade permitida nas acusações e no discurso são claramente sintomas de uma democracia fraca, oca, a precisar rapidamente de mudanças e de sangue novo.

E se olharmos para o Continente o que temos. Temos um Portugal desiludido, um Portugal sem festa (excepção seja feita com a Selecção, mas o mérito é de um brasileiro), pessoas sem esperança, um sentimento de negativismo generalizado e de resignação ao status quo vigente.

Onde estão os Portugueses que conquistaram o "mundo"? Onde estão os empreendedores, os criativos, os cérebros que o mundo reconhece ? Aqueles que não aguentam a mediania emigraram, outros cristalizaram e alguns –poucos-, vão tentando caminhar e lutar contra uma política de QI (quem indica) que leva o nosso País e as nossas empresas a terem que ter um esforço "paranormal" para conseguirem aproximar-se de alguma representatividade na UE e no mundo.

Temos dois exemplos extremos: a Madeira de um Jardim insolente e malcriado, mas a crescer e com qualidade nos serviços prestados, em especial no Turismo, e um Continente de sucessivos governos "cinzentões", sem festa e sem brilho, "complicadex", muito longe do Sonho de Sá Carneiro.

Entre os dois, a escolha tem sido sempre nossa. Tudo isto se passa com a permissão de um povo que rapidamente tem que começar a sonhar, a acreditar e a construir obra. A burocracia e a inveja, os piores males da nossa sociedade, terão que ser substituídos pela competência, pela criatividade e pela acção. Acreditemos em Portugal e nos Portugueses.

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Bruno Valverde Cota, Doutorado em Gestão de Empresas.

quinta-feira, julho 27, 2006

Borges, A

António Borges tem-se revelado, com frequência, incomodado. [...] Gostaria de o ver com mais entusiasmo em servir o país – ser competente só, não chega.

Tiago Mendes in DE

António Borges quer voltar para Portugal. Entre outras coisas, porque “quando se está em Portugal há uma alegria de viver diferente” – revelava o social-democrata há 20 meses (Expresso, 06-11-2004). Doutorado em Standford, ex-Dean do INSEAD, ‘vice-president’ da Goldman Sachs, Borges tem um currículo ímpar. As suas qualidades intelectuais e competência profissional são indisputáveis. Revejo-me na sua intolerância à mediocridade. Depois, vêm as divergências.

Borges lembrava que a importância da democracia está em “corrigir os erros”, acrescentando que “Não há melhor regime do que a ditadura iluminada. Se houvesse um príncipe perfeito conseguiríamos maravilhas do país. Veja-se o caso de Singapura. Ou Portugal no tempo de D. João II”. Certo? Certíssimo. E útil, porventura, para interpretar uma recente declaração sua: “Após o Congresso manifestei a minha disponibilidade para trabalhar e trazer uma equipa do melhor que há em Portugal, mas o dr. Mendes não quis”.

Borges tem-se revelado, com frequência, injustiçado e incomodado. A sua postura reclama Pessoa: “A vaidade é a confiança no efeito do nosso valor, o orgulho a confiança em que temos valor. Compreendo que um homem seja orgulhoso; não compreendo que mostre sê-lo”. De pouco vale invocar a parca popularidade tida no país ou o carisma político por provar. O seu raciocínio, como o de qualquer “príncipe perfeito”, é simples: ele tem mérito, ele é “superior”, mas ele não tem poder. Logo, contradição.

Assumido cumpridor da ética católica na sua vida profissional e pessoal – “não roubar ou ser corrupto, ser minimamente leal ou solidário” –, Borges confina o pagamento de impostos à esfera da lei. Fazendo um paralelo entre a fuga ao fisco e o cumprimento do limite de velocidade nas estradas – onde “toda a gente transgride” e “quando se é apanhado e multado se acha que é uma injustiça tremenda”–, Borges revela ter tido uma “certa dificuldade em pagar a sisa correcta”, acrescentando que “porque ninguém paga”, o “incumprimento da lei torna-se mais desculpável” e “impossível de combater”. Sem querer extrapolar das declarações feitas, parece-me haver algo de inegável: a resignação perante um grave problema em Portugal. E resignação não quadra com liderança política.

Borges acrescentava, ainda, que “na política não se ganha literalmente nada”, lamentando-se que, como ministro, ganharia menos de 20 vezes o seu ordenado base, fora a parte variável. Subscrevo a revisão dos salários dos políticos e não comento o que é ganho legalmente e com mérito. Apenas gostaria de ver em Borges mais entusiasmo em servir o país. Ser competente é bom, só que não chega. A vaidade, ainda se tolera. Mas quando o espírito de liderança e a vontade de dedicação à causa pública são titubeantes, é forçoso dizer não, obrigado.
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Tiago Mendes, Doutorando e tutor em Economia na Universidade de Oxford

terça-feira, julho 25, 2006

Entrevista com Bruno Valverde Cota.

"Para os bancos a qualidade dos Recursos Humanos é, seguramente, factor de diferenciação"



Como é trabalhar na área de Recursos Humanos de uma entidade bancária?É um verdadeiro desafio! Em especial, quando se trabalha numa área de Formação e Desenvolvimento de Competências de uma instituição centenária que actua num dos sectores que nos últimos anos sofreu profundas transformações. Mas muito gratificante, pois pelas características do sector bancário, a Formação revela-se de extrema importância para apoio e reforço das competências de todos os recursos humanos e, ainda mais, daqueles que desempenham a sua actividade na área comercial.

Qual a importância dos Recursos Humanos no negócio bancário?
Os bancos são o reflexo das pessoas que as constituem. Assim, torna-se evidente a importância do Capital Humano numa organização competitiva e moderna. Ora, para os bancos a qualidade dos recursos humanos é, seguramente, factor de diferenciação.
Adicionalmente, é fundamental que toda a organização conheça a estratégia do banco e a importância do papel de cada um para a consecução dos objectivos. Potenciar o desenvolvimento profissional e pessoal, conciliando os interesses do grupo com os interesses individuais, fomentar o trabalho em equipa, estimulando a iniciativa e a tomada de decisões individuais, são factores determinantes na consolidação do “compromisso” que fortalece a equipa e assegura o êxito do banco no futuro.

Existe algum perfil tipo?
Ser pró-activo e antecipar as expectativas dos clientes internos e externos. A meu ver são necessárias características específicas a um desempenho pró-activo. Os colaboradores deverão ter uma elevada auto estima e acreditar fortemente nas suas capacidades. A capacidade de com facilidade e rapidez encontrar soluções para diferentes questões que o cliente coloca são essenciais, pois não é compreensível que se aguarde pela resolução dos problemas, há que executar as tarefas conducentes a um serviço eficiente.
Em paralelo, um colaborador pró-activo procura manter-se actualizado, deste modo a formação oferecida pelos bancos pode e deve ser complementada por auto-formação. Um bom domínio dos processos inerentes ao serviço prestado é também essencial, o que permite a segurança e consistência no contacto com o cliente.
Em suma, numa equipa de trabalho há quem tenha mais experiência ou mais agilidade na resolução de problemas, caberá a cada colaborador procurar sempre a adaptação, integração e boa relação com os restantes colegas e clientes assumindo sempre uma atitude humilde e pedagógica.

Qual a sua opinião sobre a Gestão de Recursos Humanos praticada em Portugal?
Temos bons Gestores de Recursos Humanos. E as Escolas deverão ter um papel mais activo para que no futuro possamos ter muitos mais. Eu nas minhas aulas e nos cursos que dirijo procuro dar o meu modesto contributo.

É já há alguns anos Director-Científico de várias Pós-Graduações da Universidade Lusíada de Lisboa, onde é também docente em algumas cadeiras. Como foi abraçar esse desafio?
Surgiu de forma natural. Em meados da década de 90, eu senti que nas organizações e empresas existiam algumas necessidades de formação avançada nas áreas do Marketing e da Comunicação e, na altura, a Universidade Lusíada disponibilizou-se para materializar algumas destas ideias.
Após estes anos, posso dizer que tem sido um desafio muito enriquecedor, quer pela heterogeneidade de contactos e projectos que possibilita, quer por sentir o elevado grau de satisfação dos nossos alunos que vêem naqueles cursos um meio de grande utilidade para aumentarem as suas competências, bem como de mais facilmente atingirem os seus objectivos profissionais.
Eu diria que o estudo de casos reais e actuais, um corpo docente exigente e de qualidade e a ligação às empresas parceiras são os factores que fazem da Universidade Lusíada já uma referência no ensino de pós-graduação em Marketing e Comunicação Empresarial e CRM e Marketing Research.

Como lida com a conciliação entre o universo dos Recursos Humanos e o mundo do Marketing?
O Marketing surge porque há organizações e recursos humanos. Não podemos falar de Marketing, sem falarmos de Pessoas. Assim sendo, cada vez mais, e numa economia de serviços como a nossa, faz sentido a produção científica e o desenvolvimento empírico destas duas temáticas de forma integrada.

A curto-médio prazo, tem mais alguma Pós-Graduação em vista?
Sim. No ano lectivo que se inicia em Outubro iremos abrir uma nova Pós-Graduação Executiva em Marketing Management que está especialmente vocacionada para empresários, quadros e profissionais que pretendam, em simultâneo, conjugar o exercício activo das suas responsabilidades profissionais com o desenvolvimento de novas competências em ambiente académico de grande rigor e desafio intelectual, de forma presencial e via internet.
Do meu ponto de vista, este novo curso assume-se como uma oportunidade de renovar e adquirir conhecimentos, ajustando-se ao ritmo e ao estilo de vida profissional dos candidatos.
Para o efeito o Curso de Pós-Graduação Executiva em Marketing Management recorre a uma metodologia de blended-learning, cada vez mais usada em Escolas de Gestão e Organizações Internacionais de topo. Permitindo uma correcta gestão do tempo e do esforço por parte dos alunos, este curso assegura ao mesmo tempo a proximidade e a interacção de grupo, fundamentais em processos de aprendizagem.

David Pinheiro / PlanetaRH

sexta-feira, julho 14, 2006

Marca na Hora



O Governo apresenta, hoje, em Coimbra, o projecto Marca na Hora, uma das medidas previstas no programa Simplex e aprovada em Conselho de Ministros. Até ao momento, para obter a aprovação de uma marca para um determinado produto a ser comercializado demorava até 16 meses.

A partir de segunda-feira, quem quiser criar uma empresa passa a poder seleccionar, de uma lista de 200 já registadas pelo Estado, uma mesma designação em simultâneo para o nome da empresa e para a marca dos produtos que vai comercializar. Todavia, o processo conta ainda com algumas limitações, as marcas disponíveis estão limitadas a uma lista de 200 e a marca na hora apenas pode ser aplicada em sete classes de produtos e serviços, que o Governo estima representarem 77% dos pedidos.

A cerimónia de apresentação da Marca na Hora está agendada para as 15h30 e contará com a presença do primeiro-ministro, José Sócrates, do ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, do ministro da Justiça, Alberto Costa e do secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra. A ocasião será aproveitada para fazer o balanço da Empresa na Hora.

terça-feira, julho 11, 2006

Sonaecom considera OPA sobre PT como "benéfica"

O administrador executivo da Sonaecom, Luís Reis, reafirmou hoje que não existe uma concorrência saudável no mercado das Telecomunicações em Portugal, e que neste sentido a Oferta da Sonaecom sobre a PT foi benéfica.

Patrícia Abreu

Segundo afirmou Luís Reis durante o V Fórum Telecom e Media promovido pelo Diário Económoico, "entendemos que há muitos anos que há falta de concorrência de facto em Portugal, e a Sonaecom tem uma proposta para que se mude o sector das Telecomunicações".

O administrador da Sonaecom assegurou que existe um operador que detém o monopólio dos conteúdos e da distribuição, o que constitui um prejuízo evidente para a concorrência e leva a que os portugueses paguem mais pelos serviços do que em outros países da União Europeia.

Deste modo, a OPA sobre a PT traria especiais benefícios para o consumidor, o qual passaria a ter acesso a "a um melhor serviço a um menor preço. É uma oportunidade única para o sector das Telecomunicações em Portugal".

Luís Reis adiantou também que a proposta da Sonaecom aposta numa clara estratégia de internacionalização. Este responsável acrescentou igualmente que o Grupo PT teria um controlo accionista português, e que a empresa seria mantida em bolsa.

Os accionistas da PT pronunciam-se amanhã sobre a Oferta da Sonaecom sobre a PT, sendo que a Sonaecom apresentou um conjunto de 'remédios' para que a proposta seja aprovada pelo regulador.

quarta-feira, julho 05, 2006

A Solução Global


Investimentos Estrangeiros Vão Salvar os Países Desenvolvidos

Já estamos conscientes que a Segurança Social não oferece a segurança que vamos desejar quando chegar a nossa hora da reforma.

Grande parte da população tem procurado refúgio alternativo criando uma carteira particular para o efeito. No entanto surge uma dúvida se as carteiras dos Particulares garantem a resolução do problema. É muito possível que o problema do Estado se alastre pelo sector Particular causando estragos a todos.

No caso da Segurança Social o problema é simples: muitos inactivos para uma população activa decrescente, o que se compara claramente ao sector dos Particulares quando se der inicio a uma vaga de Baby Boomers a tentarem liquidar as suas carteiras e não encontrarem compradores suficientes interessados nos seus bens.

Se não existirem pessoas suficientes com capacidade financeira suficiente para absorver os bens, então estas carteiras de reforma não poderão ser absorvidas pelo mercado ao preço desejado, ou aquele que tínhamos previsto.

A causa principal da degradação dos países desenvolvidos é sem duvida o envelhecimento da população. Em 1950 os EUA contavam com 7 activos para um reformado, actualmente contam 5 para 1, e em 2050 apenas 2 para 1 – apesar da população Americana ser considerada a mais jovem dos países desenvolvidos. O Japão vai contar apenas com 1 para 1 com maior parte da população enquadrada entre os 75 e 80 anos de idade.

Para agravar este problema, temos ainda uma esperança de vida a subir e uma média das idades de reforma a descer. Em 1950 a idade média Americana de reforma era 67 com esperança de vida 69. Hoje reformam-se aos 62 e vivem 14,4 anos adicionais a 1950.

São despertados dois problemas: quem vai produzir – será que vamos ter trabalhadores suficientes para produzir os bens necessários? E quem vai comprar o património que os Baby Boomers tencionam vender de forma a garantir uma reforma confortável?

Imaginem o que vai acontecer ao mercado de acções e obrigações quando triliões de dólares invadirem os mercados financeiros à procura dos escassos compradores. Quanto é que será que as bolsas terão de desvalorizar até encontrar a curva da procura?


Soluções em Vista:

1- Trabalhar mais anos.
É possível, mas teremos que trabalhar mais anos do que os anos que vivemos a mais. A idade da reforma teria de aumentar de uns dez anos, até aos 73, mas este aumento é superior ao aumento da esperança de vida, sendo que passaríamos a ter apenas uma média de 9,2 anos de reforma em vez dos prometidos 14,4, um decréscimo de 30%. Seria a primeira vez que assistiríamos a um decréscimo efectivo dos anos de reforma.

2-Aumento de produtividade pode ajudar.
A média histórica a longo prazo de aumentos de produtividade é de 2,2% anuais. Mas, mesmo que conseguíssemos por as caldeiras a todo o vapor deparamos com outro problema: o aumento de produtividade influencia um aumento salarial e dos rendimentos, e as pensões baseiam-se nestes dois, logo vai afectar ambos os lados da equação: ficamos com um cão a perseguir a sua própria cauda.

3-Imigração.
De forma a manter a média da reforma aos 62 anos de idade durante os próximos 30 a 40 anos, o Prof Siegel calcula serem necessários adicionar meio bilião de habitantes à actual população dos EUA. Confessa estar consciente da dimensão deste número, apesar de ser liberal no que toca à imigração.

Existem esperanças; a população dos países em desenvolvimento, é bastante mais jovem. É tradição os velhos venderem bens aos jovens. Nos EUA a Florida aloja grande parte dos reformados, a Florida vende para os restantes 49 estados federais. No futuro quando os EUA forem compostos de 50 Floridas, juntamente com a Europa, Canada e Japão, vão ter de vender aos países em desenvolvimento. Actualmente, a população dos países desenvolvidos representa 13,2% dos terrestres, e controlam 56% do PMB -Produto Mundial Bruto.

Em 2050, as projecções de Siegel afirmam que estes dados alteram para 12% da população com 23% de PMB. O resto do PMB fica nas mãos dos países em desenvolvimento, sendo que a China leva 20% do PMB e a Índia 16%.

Siegel insiste que os dados apresentados são, apesar de tudo, conservadores.
Actualmente o rendimento per capita na China é 12% do dos EUA - a Índia anda a 8%. Todas as previsões apontam que a China consegue alcançar 50% dos EUA até 2050, portanto, e uma vez que são quatro vezes mais populosos, significa que terão o dobro da dimensão –é uma conta simples mas funciona.

Se conseguirmos por a população mundial a transaccionar uns com os outros, teremos os jovens dos países em desenvolvimento a comprar bens, e os velhos dos países desenvolvidos a venderem bens e a importarem produtos.

Se conseguirmos montar este esquema de transacções, a idade média de reforma ainda terá de prolongar, mas apenas até aos 67-68 anos, idades que se enquadram melhor dentro das projecções da Segurança Social, e são bem mais exequíveis do que se os países desenvolvidos tentarem resolver este problema internamente.
Siegel diz que é a Solução Global.

Todo este conjunto de transacções implica que os actuais países em desenvolvimento vão acabar por deter maioria do capital do mundo assim como propriedade das principais multinacionais.

Em 2050, dois terços do capital vai estar nas mãos dos países em desenvolvimento, comparativamente aos 7,7% actuais. Isto implica um cenário de transacções financeiras internacionais massivas.

Na perspectiva de Siegel, e para aqueles que se opõem a este estudo, ele apresenta um modelo financeiro que permite analisar alguns cenários. Ele demonstra que se os EUA fecharem as portas aos estrangeiros, podem surgir desvalorizações na ordem dos 40-50%, adicionando, que neste caso os Norte Americanos terão de trabalhar até aos 73 anos mas sem conseguir criar mais riqueza.

Temos de perceber que a Procura é o ingrediente principal de suporte dos mercados financeiros.

Não devemos concluir que a Índia e a China são os melhores lugares para investirmos. Os dados apresentados por Siegel mostram que nos passados 20 anos, os mercados emergentes apresentam uma correlação negativa entre a velocidade de crescimento e os retornos para os investidores. Explica-se pelo facto dos investidores serem seduzidos pelo factor crescimento e empurram demasiado os preços das acções. Não devemos esquecer que o factor preço é fundamental nos retornos a longo prazo. Dados históricos mostram sectores com taxas de crescimento baixas que surpreenderam os de taxas de crescimento altas.

Siegel recomenda um portfolio de acções 60% EUA e 40% internacional, isto porque os EUA vão representar uma pequena fatia do bolo. Assim como até à data não temos posto os ovos todos na mesma industria, no futuro fará sentido ter um montante significativo de acções internacionais – não implica necessariamente obtenção de melhores rendimentos, mas sim porque devemos diversificar.

Dentro dos três tipos de bens, acções, obrigações, e imobiliário, que no caso dos EUA, cada representa cerca de USD15 triliões, Siegel continua a apostar nas acções como o melhor investimento a longo prazo, com lucros superiores a qualquer um dos outros dois. Isto é verdade, mesmo tendo em consideração as recentes subidas espectaculares no imobiliário, que é bem possível que já tenham esgotado. (Já se confirmam os crescentes inventários de casas por vender).

É possível que muitos investidores já tenham finalmente percebido que as acções sejam um bom investimento, o que ajuda a manter os valores de mercado das mesmas. No entanto e apesar da tendência de procura aumentar, e dos investidores cada vez mais aguentarem os seus investimentos mesmo em alturas menos favoráveis, Siegel prevê um abrandamento da valorização global, sendo que as médias de retorno anuais devem ficar pelos 5,5-6%.


Bernardo Amaral

terça-feira, julho 04, 2006

Pluma novamente premiada


A mais leve garrafa de gás da Galp Energia foi novamente premiada. E desta vez com o Gold IDEA 2006 ( na categoria de "packaging") atribuído pela IDSA–Industrial Designers Society of America (associação dos designers industriais dos Estados Unidos) e patrocinado pela revista "BusinessWeek".

O anúncio, feito na passada sexta-feira pela revista norte-americana, aumenta para oito o número de distinções que a Pluma já recebeu desde que saiu para a rua, em Novembro de 2005.

segunda-feira, julho 03, 2006

BES lidera retorno publicitário


O Banco Espírito Santo (BES), um dos patrocinadores da Selecção Nacional, foi a marca associada ao mundo do futebol que retirou o maior retorno em espaço publicitário, no mês de Maio.

Com mais de 12.209 milhões de euros de retorno total, o BES liderou o 'ranking' de anunciantes e ultrapassou, com uma diferença de 123 por cento, o grupo Portugal Telecom, a marca que ao longo do último ano tem liderado o 'top' elaborado pela empresa de análise de informação Memorandum. Na segunda posição surgiu a operadora TMN, com 9.898.352 euros, seguida pela Galp Energia , que obteve um retorno na ordem dos 8,2 milhões de euros.

Os dados da Memorandum são baseados no conceito de espaço publicitário equivalente, sendo medido o retorno do investimento, a preços de tabela, resultante do tempo ou espaço em que a mensagem esteve exposta nos meios de comunicação social.

Segundo a entidade bancária, este resultado reflecte principalmente o efeito conseguido através do programa de comunicação "A Mais Bela Bandeira do Mundo", que coincidiu com o início do estágio da selecção antes da partida para o Mundial 2006, bem como em todo o espaço editorial ocupado pelas notícias referentes à equipa portuguesa com a presença do BES.

Os dados reflectem ainda os valores referentes a espaço ocupado pelos três principias clubes portugueses de futebol, que também são patrocinados por esta marca bancária.