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terça-feira, julho 25, 2006

Entrevista com Bruno Valverde Cota.

"Para os bancos a qualidade dos Recursos Humanos é, seguramente, factor de diferenciação"



Como é trabalhar na área de Recursos Humanos de uma entidade bancária?É um verdadeiro desafio! Em especial, quando se trabalha numa área de Formação e Desenvolvimento de Competências de uma instituição centenária que actua num dos sectores que nos últimos anos sofreu profundas transformações. Mas muito gratificante, pois pelas características do sector bancário, a Formação revela-se de extrema importância para apoio e reforço das competências de todos os recursos humanos e, ainda mais, daqueles que desempenham a sua actividade na área comercial.

Qual a importância dos Recursos Humanos no negócio bancário?
Os bancos são o reflexo das pessoas que as constituem. Assim, torna-se evidente a importância do Capital Humano numa organização competitiva e moderna. Ora, para os bancos a qualidade dos recursos humanos é, seguramente, factor de diferenciação.
Adicionalmente, é fundamental que toda a organização conheça a estratégia do banco e a importância do papel de cada um para a consecução dos objectivos. Potenciar o desenvolvimento profissional e pessoal, conciliando os interesses do grupo com os interesses individuais, fomentar o trabalho em equipa, estimulando a iniciativa e a tomada de decisões individuais, são factores determinantes na consolidação do “compromisso” que fortalece a equipa e assegura o êxito do banco no futuro.

Existe algum perfil tipo?
Ser pró-activo e antecipar as expectativas dos clientes internos e externos. A meu ver são necessárias características específicas a um desempenho pró-activo. Os colaboradores deverão ter uma elevada auto estima e acreditar fortemente nas suas capacidades. A capacidade de com facilidade e rapidez encontrar soluções para diferentes questões que o cliente coloca são essenciais, pois não é compreensível que se aguarde pela resolução dos problemas, há que executar as tarefas conducentes a um serviço eficiente.
Em paralelo, um colaborador pró-activo procura manter-se actualizado, deste modo a formação oferecida pelos bancos pode e deve ser complementada por auto-formação. Um bom domínio dos processos inerentes ao serviço prestado é também essencial, o que permite a segurança e consistência no contacto com o cliente.
Em suma, numa equipa de trabalho há quem tenha mais experiência ou mais agilidade na resolução de problemas, caberá a cada colaborador procurar sempre a adaptação, integração e boa relação com os restantes colegas e clientes assumindo sempre uma atitude humilde e pedagógica.

Qual a sua opinião sobre a Gestão de Recursos Humanos praticada em Portugal?
Temos bons Gestores de Recursos Humanos. E as Escolas deverão ter um papel mais activo para que no futuro possamos ter muitos mais. Eu nas minhas aulas e nos cursos que dirijo procuro dar o meu modesto contributo.

É já há alguns anos Director-Científico de várias Pós-Graduações da Universidade Lusíada de Lisboa, onde é também docente em algumas cadeiras. Como foi abraçar esse desafio?
Surgiu de forma natural. Em meados da década de 90, eu senti que nas organizações e empresas existiam algumas necessidades de formação avançada nas áreas do Marketing e da Comunicação e, na altura, a Universidade Lusíada disponibilizou-se para materializar algumas destas ideias.
Após estes anos, posso dizer que tem sido um desafio muito enriquecedor, quer pela heterogeneidade de contactos e projectos que possibilita, quer por sentir o elevado grau de satisfação dos nossos alunos que vêem naqueles cursos um meio de grande utilidade para aumentarem as suas competências, bem como de mais facilmente atingirem os seus objectivos profissionais.
Eu diria que o estudo de casos reais e actuais, um corpo docente exigente e de qualidade e a ligação às empresas parceiras são os factores que fazem da Universidade Lusíada já uma referência no ensino de pós-graduação em Marketing e Comunicação Empresarial e CRM e Marketing Research.

Como lida com a conciliação entre o universo dos Recursos Humanos e o mundo do Marketing?
O Marketing surge porque há organizações e recursos humanos. Não podemos falar de Marketing, sem falarmos de Pessoas. Assim sendo, cada vez mais, e numa economia de serviços como a nossa, faz sentido a produção científica e o desenvolvimento empírico destas duas temáticas de forma integrada.

A curto-médio prazo, tem mais alguma Pós-Graduação em vista?
Sim. No ano lectivo que se inicia em Outubro iremos abrir uma nova Pós-Graduação Executiva em Marketing Management que está especialmente vocacionada para empresários, quadros e profissionais que pretendam, em simultâneo, conjugar o exercício activo das suas responsabilidades profissionais com o desenvolvimento de novas competências em ambiente académico de grande rigor e desafio intelectual, de forma presencial e via internet.
Do meu ponto de vista, este novo curso assume-se como uma oportunidade de renovar e adquirir conhecimentos, ajustando-se ao ritmo e ao estilo de vida profissional dos candidatos.
Para o efeito o Curso de Pós-Graduação Executiva em Marketing Management recorre a uma metodologia de blended-learning, cada vez mais usada em Escolas de Gestão e Organizações Internacionais de topo. Permitindo uma correcta gestão do tempo e do esforço por parte dos alunos, este curso assegura ao mesmo tempo a proximidade e a interacção de grupo, fundamentais em processos de aprendizagem.

David Pinheiro / PlanetaRH

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