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quarta-feira, janeiro 30, 2008

Faça a diferença, vale a pena!




Ouve-se muito um discurso de que antigamente as pessoas “vestiam a camisola” da empresa e agora não. E eu pergunto, isto será verdade?

Bruno Valverde Cota

Você é feliz no seu ambiente de trabalho? Faz tudo o que está ao seu alcance para tornar o ambiente de trabalho melhor? Sente orgulho de trabalhar na sua empresa? As respostas a estas questões mostram-nos o quanto ainda temos que evoluir em matéria de marketing interno! Ouve-se muito um discurso de que antigamente as pessoas “vestiam a camisola” da empresa e agora não. E eu pergunto, isto será verdade? Bom, o que eu sei é que uma empresa deverá conseguir atrair os melhores colaboradores e fidelizá-los. Hoje há claramente uma disputa forte no mercado dos talentos, o que torna esta medida mais urgente. Deverão ser promovidos internamente programas de incentivo, formação e desenvolvimento, programas de motivação que envolvam o “bem-estar” dos colaboradores e que lhes garantam a segurança nas actividades de trabalho. Mas isto bastará? Eu acho que não. Em paralelo, deverão também ser incentivados programas desportivos e sociais, de actuação comunitária, planos de carreira, de reconhecimento e crescimento. Um estudo conduzido pela GlobeScan e publicado pelo World Business Council for Sustainable, mostra-nos como a reputação social e ambiental de uma empresa tende a tornar-se, a par do salário, um elemento importante na escolha de uma organização para trabalhar. Os entrevistados mostraram-se avessos a trabalhar em empresas que consideram socialmente irresponsáveis.

Vejamos realmente como “os tempos” são outros. A mudança, a pressão e o ‘stress’ fazem parte do ambiente de trabalho. Por isso, há que torná-lo mais atractivo. E é possível com uma nova abordagem de marketing interno, que inclua novas formas de liderança e ‘coaching’. Quais são as verdadeiras necessidades dos meus colaboradores? Quais são os seus pontos fortes? E a suas fraquezas? De que forma é que poderão dar um melhor contributo à empresa? É precisa uma nova atitude perante a cultura organizacional, com valores favoráveis ao crescimento dos colaboradores, com planos de carreira que funcionem. Não existe certamente melhor estimulo para um colaborador que procura a excelência no seu trabalho do que uma empresa capaz de exibir, como parte da sua cultura, exemplos de carreiras de sucesso. O exemplo é uma força insuperável!

Assim, as empresas deverão desenvolver programas internos que criem competências e motivem as equipas. O objectivo deverá ser o de conseguirem que os colaboradores trabalhem com paixão e entusiasmo. Deverão ser promovidos estudos internos de medição do nível de satisfação e incentivadas as sugestões e reclamações dos colaboradores, com vista a uma melhoria contínua do funcionamento da empresa. A empresa deverá “abrir-se também para dentro”, e como base no seu conhecimento, mostrar que os colaboradores são realmente importantes, não apenas nos relatórios e nas palavras, mas na realidade. Mostrar-lhes que cada um deles pode fazer a diferença, estando claro para todos qual o contributo que cada colaborador poderá dar para os objectivos globais da empresa. Neste momento você está a pensar “ah, é muito bonito dizer isso, mas na prática é impossível”. Tudo aquilo que se possa fazer para melhorar o ambiente de trabalho, ter os colaboradores mais satisfeitos e ter um grupo, ainda que pequeno, fidelizado, vale o esforço. É a única forma de a empresa conseguir criar valor no serviço que presta e, consequentemente, ter também clientes satisfeitos e fidelizados.

Assim, para além da “força” da marca, da reputação, do marketing social, da capacidade de criar parcerias e da presença em novas formas de comunicação, parece-me evidente que, nomeadamente as empresas de serviços, valem tanto quanto os profissionais que conseguem atrair e fidelizar. Temos um novo desafio empresarial que é o das empresas terem a capacidade de gerir relacionamentos internos. A questão é onde encontrar profissionais com essa flexibilidade e criatividade! Mas eles, embora poucos, andam aí. . .

bruno.cota@marketinginovador.com

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http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1083838.html

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