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segunda-feira, setembro 04, 2006

Investigação e Desenvolvimento


A cooperação entre a Universidade e a indústria tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas. Se a forma tradicional de cooperação Universidade-Indústria está institucionalizada num conjunto de relações oficiais celebradas em torno dos contratos e acordos de investigação, elas não esgotam as relações possíveis.

Além da tarefa central de educação e investigação, tem emergido um novo papel para a Universidade, o económico, relativamente à sua região. Por outro lado, como resultado da cientificação da tecnologia, o valor do conhecimento tem crescido.

Aumentaram também substancialmente o número de empresas que se destinam à comercialização dos resultados da investigação universitária e isto gerou novos problemas, nomeadamente problemas éticos.

De uma forma geral, a Universidade e a indústria têm diferentes objectivos. Por um lado, os investigadores universitários pretendem expandir os limites do conhecimento procurando explicações lógicas, enquanto os modelos da indústria dizem respeito às aplicações conduzindo a incrementos nos produtos com vista à comercialização.

Contrastes de prioridades entre a Universidade e a Indústria:

a) Objectivos da Universidade

-Novas descobertas
-Conhecimento novo
-Novos meios financeiros para investigação adicional
-Investigação básica
-Longo-prazo
-Know-How, o quê, porquê?
-Publicações
-Bem público, livre
-Liberdade académica

b) Objectivos da Indústria
-Novas aplicações
-Valor acrescentado
-Benefícios financeiros
-Investigação aplicada
-Curto-prazo
-Orientação por produto
-Secretismo, sigilo
-Protecção, patentes
-Abordagem comercial

O relacionamento Universidade-Indústria tem beneficiado dos pontos fortes e das apetências de cada uma das partes. Importa sublinhar a responsabilidade, tanto da Universidade como da indústria, pelo desenvolvimento do processo de inovação.

A inovação depende, para além da educação e investigação, de uma rede de interacções e troca de ideias.

A aproximação industrial às mudanças técnicas e a colaboração com as Universidades baseiam-se na seguinte perspectiva: são as Universidades que estão (ou deveriam estar) na primeira linha da inovação científica, mas é no interior das empresas que a mudança técnica orientada para produtos ou processos ocorre na maioria dos casos.

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