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quarta-feira, junho 03, 2009

Aprende Socrates...

Tendo ganho a nomeação, Barack Obama foi confrontado com uma fase ainda mais difícil: refutar os rumores sobre a sua crença, família e patriotismo. Obama acabava por utilizar a mesma estratégia até ao primeiro dia da sua campanha quando algo aconteceu que o levou a alterar tudo. Um jornalista que voava com Obama (e inúmeros outros jornalistas) perguntou-lhe sobre um boato altamente tóxico que circulava na Internet sobre a sua mulher Michelle. Obama perdeu a sua compostura exclamando “Já vimos isto antes. Existem mentiras que circulam em e-mails, e enviam-nas as vezes que for necessário até que a imprensa tradicional as noticie. Isso dá credibilidade às histórias”.

Nessa noite, Obama reuniu a sua equipa e decretou uma nova ofensiva agressiva para dar face aos rumores e boatos que circulavam e iriam aumentar com o sucesso da campanha. E assim foi criado o que muitos referem como um dos sites melhor conseguidos que enfrentam acusações sem fundamento, rumores, boatos e disparates. Um local que ele espera possa por fim aos ataques constantes ao seu carácter e à sua vida profissional mas provavelmente mais relevante, a sua vida pessoal. Mas Obama não escolheu uma batalha solidária – ele convocou as massas para o ajudarem a perseguir e destruir todas as mentiras que circulam on-line.

Mas o início não foi tranquilo com a utilização de um “fact checker”, verificador de factos, que acabou por aumentar os rumores tais como o seu local de nascimento (inicialmente reportado como Kenya o que o desqualificava-o da corrida à Casa Branca), o seu segundo nome de Muhammad em vez de Hussein e que a mãe lhe deu o nome de Barry e não Barack. Tudo isto levou-o a ser noticiado na televisão por cabo.

Tudo chegou a um ponto de rotura quando os próprios assistentes da campanha voltaram a questionar Michelle sobre qualquer possível verdade nas alegações on-line sobre possíveis declamações raciais. Uma nova arma foi lançada em Fightthesmears.com onde facilmente se encontram as “mentiras” bem como os “factos”. São citados alguns bloggers conservadores que põem em questão a veracidade da informação que circula. Numa secção intitulada “Who´s behind the lies?”, o site oferece prováveis fontes das “mentiras”. O restante site está desenhado para funcionar quase como um guia de outros rumores sensacionais combatido sempre com os “factos” incluindo um pdf do seu certificado de nascimento.

Ao lado de cada “rumor” é colocado um botão para dar luta (“fight back”) oferecendo sugestões de que como e onde os seus apoiantes podem telefonar ou enviar um e-mail para contradizer os “rumores”.

Mas Obama sabe que ao tentar acabar com os “rumores” utilizando oxigénio e transparência é algo que por si é incumbido de algum risco mas ele acredita plenamente que através da honestidade e transparência, pode assim vencer o mau da Internet – muito Web 2.0. “Eu sei que circulam e-mails com histórias impressionantes sobre um candidato à Presidência dos Estados Unidos. Se por acaso virem este Barack Obama, avisem-me pois ele parece demasiado assustador” – até o humor é ingrediente perseverante na sua campanha.

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