No mundo laboral chegamos à conclusão que cada vez menos existe reciprocidade e o espírito de equipa perdeu-se. Mas porquê?
Nos últimos meses, a propósito de algumas datas festivas, tenho tido a oportunidade de contactar várias pessoas de diversas empresas. E quando a conversa se direcciona para o campo profissional, de um modo geral, regista-se alguma insatisfação, mesmo daqueles com um maior nível de responsabilidade. Sentimentos de revolta – “para quê ser proactivo, só sabem dar na cabeça! São umas b…”-, de desânimo – “eu trabalho e esforço-me, mas só vêem as coisas negativas” e de desmotivação e impotência – “está feito para os amigos, não vale a pena o esforço”.
Recordo o pensamento de Antoine de Saint-Exupéry que dizia que “as pessoas que passam por nós não vão sós deixam um pouco de si e levam um pouco de nós”. Se quisermos aplicar este pensamento, que partilho, no mundo laboral chegamos à conclusão que cada vez menos existe reciprocidade, que a partilha e cooperação é menor e o espírito de equipa perdeu-se. Mas porquê?
O que é que falta para haver um melhor ambiente de trabalho ?
Eu sou suspeito pois nunca acreditei num local de trabalho impiedoso ou amoral, violento ou agressivo, onde se fomentasse a pressão psicológica e as frustrações pessoais. Mas claramente, os novos ambientes de trabalho precisam de mais sinceridade, maior honestidade intelectual, enfim de coragem da verdade… e quando isto falta, a vontade de trabalhar com dedicação, com entusiasmo e com eficiência vai-se perdendo.
O ambiente de trabalho torna-se ambíguo, suspeito, falso e em alguns casos, como retratos que me contaram, deprimente. As pessoas guardam individualmente as emoções e opiniões.
Impera a lei do silêncio “e o tempo há-de resolver as coisas, na esperança que se resolvam por encanto”. Tudo isto se passa numa sociedade onde a “família” começa a ficar desintegrada e se compõe simplesmente de trabalhadores: onde se regressa para dormir, as relações conjugais são essencialmente físicas, as relações com os filhos são frias e rápidas, não se conhecem os vizinhos e as relações com os parentes estão em vias de extinção. É fundamental reinventar o ambiente laboral. São precisos “novos locais de trabalho”, onde haja espaço para a partilha, para a transparência, para a honestidade, para a fidelidade. Onde a criatividade, a capacidade de trabalho e a eficiência sejam premiadas. E você, que tem a responsabilidade de gerir uma ou várias equipas, acredita que pode tornar o ambiente de trabalho melhor ? Se sim, ajude a transformar os postos de trabalho em lugares de elevada qualidade profissional e de vida. Lute por um ambiente de trabalho são, criativo, estimulante, que facilite a partilha, que premeie a sinceridade e a verdade, que respeite e valorize os talentos pessoais, que ensine a crescer em sabedoria, em “transformar o negativo em positivo”, que ensine a gerir conflitos, a encontrar sentido e significado no que se faz!
Do meu ponto de vista, os nossos líderes políticos e empresariais deverão ter como desafio criar uma humanidade que sinta alegria em trabalhar. Simplesmente em fazê-lo. Deverão lutar por uma humanidade que encontre valor, dignidade e virtude no trabalho. Que viva o trabalho como um acto criativo. Você ao ler estas palavras está a pensar, como ainda temos muito que caminhar para chegarmos a este estádio. Nas empresas de hoje, e de um modo geral, as pessoas não se sentem estimadas, apreciadas pelo que são. Alguém me dizia que “hoje sou tratado não como pessoa, mas como uma coisa”. Caro leitor, este sentimento tem que desaparecer. Ajude no seu local de trabalho a erradicá-lo. Não tenha receio de transformar o seu ambiente de trabalho num local de crescimento pessoal. Acredite no seu talento, seja ele qual for, e deseje com todas as suas forças exprimi-lo.
Por si, por todos os seus colegas e pela empresa. Seja protagonista e trabalhe por opção e não por instinto. Deixe a sua marca, pela atitude e resultados, em tudo que faz.
bruno.cota@marketinginovador.com
Nos últimos meses, a propósito de algumas datas festivas, tenho tido a oportunidade de contactar várias pessoas de diversas empresas. E quando a conversa se direcciona para o campo profissional, de um modo geral, regista-se alguma insatisfação, mesmo daqueles com um maior nível de responsabilidade. Sentimentos de revolta – “para quê ser proactivo, só sabem dar na cabeça! São umas b…”-, de desânimo – “eu trabalho e esforço-me, mas só vêem as coisas negativas” e de desmotivação e impotência – “está feito para os amigos, não vale a pena o esforço”.
Recordo o pensamento de Antoine de Saint-Exupéry que dizia que “as pessoas que passam por nós não vão sós deixam um pouco de si e levam um pouco de nós”. Se quisermos aplicar este pensamento, que partilho, no mundo laboral chegamos à conclusão que cada vez menos existe reciprocidade, que a partilha e cooperação é menor e o espírito de equipa perdeu-se. Mas porquê?
O que é que falta para haver um melhor ambiente de trabalho ?
Eu sou suspeito pois nunca acreditei num local de trabalho impiedoso ou amoral, violento ou agressivo, onde se fomentasse a pressão psicológica e as frustrações pessoais. Mas claramente, os novos ambientes de trabalho precisam de mais sinceridade, maior honestidade intelectual, enfim de coragem da verdade… e quando isto falta, a vontade de trabalhar com dedicação, com entusiasmo e com eficiência vai-se perdendo.
O ambiente de trabalho torna-se ambíguo, suspeito, falso e em alguns casos, como retratos que me contaram, deprimente. As pessoas guardam individualmente as emoções e opiniões.
Impera a lei do silêncio “e o tempo há-de resolver as coisas, na esperança que se resolvam por encanto”. Tudo isto se passa numa sociedade onde a “família” começa a ficar desintegrada e se compõe simplesmente de trabalhadores: onde se regressa para dormir, as relações conjugais são essencialmente físicas, as relações com os filhos são frias e rápidas, não se conhecem os vizinhos e as relações com os parentes estão em vias de extinção. É fundamental reinventar o ambiente laboral. São precisos “novos locais de trabalho”, onde haja espaço para a partilha, para a transparência, para a honestidade, para a fidelidade. Onde a criatividade, a capacidade de trabalho e a eficiência sejam premiadas. E você, que tem a responsabilidade de gerir uma ou várias equipas, acredita que pode tornar o ambiente de trabalho melhor ? Se sim, ajude a transformar os postos de trabalho em lugares de elevada qualidade profissional e de vida. Lute por um ambiente de trabalho são, criativo, estimulante, que facilite a partilha, que premeie a sinceridade e a verdade, que respeite e valorize os talentos pessoais, que ensine a crescer em sabedoria, em “transformar o negativo em positivo”, que ensine a gerir conflitos, a encontrar sentido e significado no que se faz!
Do meu ponto de vista, os nossos líderes políticos e empresariais deverão ter como desafio criar uma humanidade que sinta alegria em trabalhar. Simplesmente em fazê-lo. Deverão lutar por uma humanidade que encontre valor, dignidade e virtude no trabalho. Que viva o trabalho como um acto criativo. Você ao ler estas palavras está a pensar, como ainda temos muito que caminhar para chegarmos a este estádio. Nas empresas de hoje, e de um modo geral, as pessoas não se sentem estimadas, apreciadas pelo que são. Alguém me dizia que “hoje sou tratado não como pessoa, mas como uma coisa”. Caro leitor, este sentimento tem que desaparecer. Ajude no seu local de trabalho a erradicá-lo. Não tenha receio de transformar o seu ambiente de trabalho num local de crescimento pessoal. Acredite no seu talento, seja ele qual for, e deseje com todas as suas forças exprimi-lo.
Por si, por todos os seus colegas e pela empresa. Seja protagonista e trabalhe por opção e não por instinto. Deixe a sua marca, pela atitude e resultados, em tudo que faz.
bruno.cota@marketinginovador.com
____
In DE 27/2/2008:
In DE 27/2/2008:
Sem comentários:
Enviar um comentário