Para avaliar o tipo de gestão de uma organização não basta apenas conhecer o seu tempo de existência.
Para conhecer o tipo de gestão precisa-se de conhecer como os profissionais da instituição são tratados. Como a organização trabalha nas rotinas administrativas do dia-a-dia. Que tipos de benefícios são oferecidos aos seus colaboradores, quais e quantos são os níveis hierárquicos da organização.
Todas estas informações ajudam a conhecer um pouco mais da estrutura de gestão administrativa e organizacional da empresa.
Como afirma NASSAR (2003), numa empresa onde se pode encontrar diversos níveis hierárquicos e burocrática, encontram-se também líderes mais antiquados, não modernizados e actualizados com o que há de mais moderno em gestão empresarial. Líderes que têm medo de dividir a responsabilidade e, consequentemente, o poder.
Já em empresas onde se encontra um menor número de níveis no organograma, encontra-se também uma gestão mais moderna com líderes preocupados mais com os resultados e menos com o poder.
Esta análise também pode ser feita através da importância e do tipo de tratamento que a empresa dedica ao seu profissional. E aqui não se está a falar apenas de benefícios, mas também de oportunidades de crescimento, de carreira, do respeito pela formação e desenvolvimento do profissional. Também da forma como a empresa vê o profissional como ser humano: se oferece programas de qualidade de vida, se envolve a família do colaborador em alguma actividade, se faz um mínimo de esforço para que ele não se dedique apenas ao trabalho.
E quando se têm estas respostas, pode avaliar-se que tipo de gestor está no poder e quais são os seus verdadeiros interesses. Se são gestores evoluídos e modernos que já perceberam que os recursos humanos são a força motriz da instituição, ou se ainda são gestores antigos que acham que apenas um bom salário retém o bom talento e não pensam em motivar, envolver e reter os seus colaboradores. É possível encontrar diferentes tipos empresas nas duas situações anteriores. Porém, o que precisa ser feito é ler as entrelinhas e avaliar o tipo de tratamento que é dado ao funcionário, pois só assim se consegue entender a importância que a Comunicação Interna tem para aquela empresa e se consegue avaliar porque está em determinado lugar do organigrama.
O poder dos gestores da organização e os seus interesses influenciam directamente as decisões da empresa, influenciando igualmente e consequentemente a importância dada à Comunicação Interna.
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