Os bancos são o reflexo das pessoas que as constituem. Assim, torna-se evidente a importância do Capital Humano numa organização competitiva e moderna. Ora, para os bancos a qualidade dos recursos humanos é, seguramente, factor de diferenciação. Assim, é fundamental aos bancos assegurar que toda a organização conheça a estratégia do banco e a importância do papel de cada colaborador para a consecução dos objectivos.
Potenciar o desenvolvimento profissional e pessoal, conciliando os interesses do grupo com os interesses individuais, fomentar o trabalho em equipa, estimulando a iniciativa e a tomada de decisões individuais, são factores determinantes na consolidação do “compromisso” que fortalece a equipa e assegura o êxito de um banco no futuro. E, em particular, num momento de grande competição e mudança, como o actual, os bancos terão que ter capacidade de criar experiências memoráveis aos seus colaboradores. Criar uma identidade. Investir em “branding” interno, ou seja, desenvolver estratégias de actuação dirigidas aos factores que influenciam o que os colaboradores sentem sobre o seu trabalho.
É aquilo a que Simon Barrow sintetiza como uma nova prioridade de gestão e, eu acrescento, desafio interno dos bancos: “entender as Pessoas no trabalho”. Só desta forma conseguirão captar os talentos e fidelizar os “melhores” colaboradores. Então, neste contexto, os bancos terão que avançar bastante no conhecimento sobre como a introdução de programas de marketing interno na gestão de recursos humanos pode incrementar o desenvolvimento empresarial. Não estou a sugerir que os Marketeers invadam a função de Recursos Humanos. Mas a utilização de técnicas e ferramentas de Marketing pode auxiliar bastante os Departamentos de Pessoal a identificarem os factores críticos de sucesso para a motivação dos seus colaboradores.
Vejamos um exemplo concreto. Há 10 ou 15 anos atrás, seria muito mais atractivo para um colaborador trabalhar num banco pelas vantagens disponibilizadas nos produtos financeiros: taxas de juros preferenciais no crédito habitação e crédito individual, isenção de algumas comissões, assistência médica preferencial, entre outros. Todavia, com a diminuição das taxas de juro, com uma maior facilidade de acesso aos produtos financeiros e com o aumento da intensidade concorrencial, o impacto destas vantagens diminuiu, uma vez que, por exemplo, é possível hoje obter taxas de juro baixas no acesso ao crédito habitação em qualquer banco, o que não acontecia no passado.
Vejamos um exemplo concreto. Há 10 ou 15 anos atrás, seria muito mais atractivo para um colaborador trabalhar num banco pelas vantagens disponibilizadas nos produtos financeiros: taxas de juros preferenciais no crédito habitação e crédito individual, isenção de algumas comissões, assistência médica preferencial, entre outros. Todavia, com a diminuição das taxas de juro, com uma maior facilidade de acesso aos produtos financeiros e com o aumento da intensidade concorrencial, o impacto destas vantagens diminuiu, uma vez que, por exemplo, é possível hoje obter taxas de juro baixas no acesso ao crédito habitação em qualquer banco, o que não acontecia no passado.
Em termos futuros, os bancos deverão caminhar para uma prestação de serviço interna diferenciada, através da criação de um pacote de serviços que facilite a vida profissional e pessoal dos seus colaboradores. Serviços como baby-sitting, apoio ao transporte, lavandaria, lavagem de automóvel, catering, limpeza doméstica, jardinagem, ginásio, entre muitos outros, farão certamente a diferença. Eu diria que, tal como nos clientes externos, também internamente deverão ser criadas ofertas de serviços feitas à medida das necessidades dos colaboradores. Será a única forma, a meu ver, de conseguir ter os melhores colaboradores. E o(s) banco(s) que o conseguir(em) terá(ão) mais hipóteses de ser também o(s) melhor(es). Com colaboradores satisfeitos e fidelizados, o valor do serviço a disponibilizar aos clientes será também maior, os clientes ficarão satisfeitos, logo fidelizados e o banco crescerá. O desafio é claro e objectivo, tal como Peter Drucker dizia, “tornar eficazes as forças das Pessoas e irrelevantes as suas fraquezas”.
Adicionalmente, em termos do sector bancário, estudos recentes demonstram que ainda há espaço para mais concentrações. E eu concordo. Todavia, o que me parece importante referir é que com as profundas alterações que o sector bancário sofreu nos últimos anos, os bancos deverão procurar novas fontes de proveitos, nomeadamente através duma melhoria contínua do serviço prestado aos clientes.
Adicionalmente, em termos do sector bancário, estudos recentes demonstram que ainda há espaço para mais concentrações. E eu concordo. Todavia, o que me parece importante referir é que com as profundas alterações que o sector bancário sofreu nos últimos anos, os bancos deverão procurar novas fontes de proveitos, nomeadamente através duma melhoria contínua do serviço prestado aos clientes.
Efectivamente, o modelo da banca assente na tradicional actividade de intermediação começa a estar saturado e a excelência do serviço prestado será um objectivo importante a atingir. Eu diria que podemos encontrar dois pilares de acção próxima importantes: a Inovação e as Pessoas.
Será fundamental que os bancos continuem a investir na inovação dos seus produtos e serviços e que os consigam adaptar às novas exigências dos consumidores, aliás como o têm vindo a fazer e muito bem. Mas, por outro lado, com as especificidades dos serviços financeiros, deverá haver um investimento também muito forte na formação e desenvolvimento de competências dos colaboradores bancários. Por exemplo, as áreas de relação com os clientes são críticas e só com colaboradores competentes, qualificados e pró activos se conseguirá fazer notar a diferença. E isso só se conseguirá com colaboradores motivados.
Julgo, sinceramente, que a formação comportamental se afigura como um dos elementos pertinentes e fulcrais neste momento. Mas a formação deverá também passar pelos quadros superiores, pelos responsáveis de equipas, com uma preparação sustentada ao nível de uma gestão das pessoas mais humanizada e virada para o alto rendimento. Muito do trabalho a fazer terá que ser através de coaching e isso só é possível se as hierarquias estiverem bem preparadas. O rigor dos números e uma gestão rigorosa são importantes, mas terá que haver um maior investimento no lado humano dos colaboradores bancários. Estou certo, que a banca portuguesa já abraçou este desafio com muito carinho.
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