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quarta-feira, abril 17, 2024

Precisamos de um Portugal melhor!


 Os recentes acontecimentos no Mundo, nos EUA, no Brasil, em França, em Portugal, entre outros, mostram-nos o quanto a política actua ao nível das emoções das pessoas.

Nos longos e complexos processos eleitorais o que é que terá sido mais importante? As propostas de cada candidato ou a imagem? O que vimos é que todos os candidatos investem fortemente em técnicas de marketing político e comunicação.

Foram criadas verdadeiras imagens de marca em torno dos candidatos a presidente, por exemplo, que inclusive atingiram níveis de notoriedade eventualmente nunca previstos. No que toca à eleição do próximo presidente dos EUA não há limites. Financeiros, de marketing e de criatividade. Temos mesmo assistido a um verdadeiro ‘reality show’ com produções dignas da Broadway. Mas espectáculo à parte, será que é deste tipo de política que uma das maiores potencias mundiais precisa? Será que a política se está a transformar num “teatro” onde se investem milhões? Já pensou nas escolas que poderiam ser edificadas, nos hospitais que poderiam ser equipados, nas famílias que poderiam ser ajudadas com todo este dinheiro? Será que o mundo está a caminhar no sentido certo? E à sociedade e às pessoas, o que interessa dar? Divertimento? Espectáculo?

E valores como a família, a lealdade, a amizade, a ética? Porque se estão a perder? Porque será que estamos a criar uma sociedade cada vez mais egoísta, invejosa, gananciosa? Será que é este o caminho certo ? Olhemos o caso português. Porque não nos congratulamos com as coisas boas que são feitas em Portugal? Porque não nos unimos? E criamos um verdadeiro espírito de grupo português, apesar da heterogeneidade de opiniões? É este o exemplo que estamos a dar aos nosso filhos? Como é que assim podemos melhorar? Sermos uma economia forte e credível? Se o exemplo que estamos a dar valoriza o egocentrismo, a arrogância e a maldade?

Que a crise mundial que nos assola nos permita fazer uma reflexão sobre a forma como temos vivido, as prioridades que temos escolhido e os valores que estamos a passar às próximas gerações.

Por isso senhores políticos, pela exposição mediática que têm, esforcem-se por ser um exemplo para o povo! E este apelo é extensivo a todos os partidos. Respeitemos a vontade das pessoas, dos eleitores, e após a tomada de posse de um governo trabalhemos todos (governo, oposição, sociedade) em conjunto para melhorar a vida dos portugueses. Lutem pela seriedade intelectual, por propostas de valor, e deixem de parte a pura retórica política, que serve meramente os egos de alguns, mas não os portugueses. Mostrem que somos uma democracia evoluída e que sabemos trabalhar em equipa, quando necessário. Sinceramente, não percebendo nada de política, parece-me que todos os grupos têm coisas boas. Há que unir e preconizar o melhor para todos, sem preconceitos de autor. Estou certo que essa nova atitude será um marco importante para traduzir à sociedade a confiança que todos precisamos.

Precisamos de não estar preocupados com o destino do país. Para todos estarmos focalizados naquilo que sabemos fazer bem. Todos, juntos e unidos, podemos mostrar ao mundo, que mesmo não sendo uma grande potência económica, que temos valores, humanos e éticos, que nos tornam indiscutivelmente diferentes e melhores. Que todos possamos trabalhar e marcar Portugal pela positiva!

Bruno Valverde Cota

#empreendedorismo #oportunidades #futuro #brunovalverdecota #brunovcota #empresas #brunocota #mudanca #portugal

terça-feira, abril 16, 2024

Pela compaixão!

Porque existe a guerra? O que se pretende com a guerra? Para onde o Mundo caminha neste pesadelo ?

Na verdade, os (maus) exemplos que se vai tendo e que hoje temos oportunidade de presenciar (quase) em real time nos vários media, mostra-nos que em muitos casos o terror, o ódio, a vingança está dentro das casas, das famílias. Então, como não queríamos ter guerras!

Em vez de darmos tempo, para as pessoas evoluírem e regenerarem-se, ignorando situações muitas vez não relevantes, optamos por comportamentos agressivos e geradores de ódio.

Ora, vivemos tempos de uma enorme crise de valores, humanos, éticos, sociais. A maior crise de fé de todos os tempos! 

Isto obriga-nos a todos a agir, a fazer parte da mudança.
Quando virmos guerra, mantenhamos a Paz.
Onde houver ódio, que preservemos o Amor.
Façamos a vingança através da compaixão!

terça-feira, julho 31, 2012

A new paradigm for sustainable growth

Os Bancos, o Marketing e a Felicidade!



Você é feliz no seu ambiente de trabalho? Faz tudo o que está ao seu alcance para tornar o ambiente de trabalho melhor? Sente orgulho de trabalhar no seu Banco ou Empresa? As respostas a estas questões mostram-nos o quanto ainda temos que evoluir em matéria de Marketing Interno! Ouve-se muito um discurso de que antigamente as Pessoas “vestiam a camisola” da empresa e agora não. E eu pergunto, isto será verdade? Bom, o que eu sei é que uma empresa deverá conseguir atrair os melhores colaboradores e fidelizá-los. Mesmo no contexto de crise que vivemos. Os melhores agora ainda são mais precisos! Nunca foram tão precisos como agora, tem consciência disso ?

Deverão ser promovidos internamente programas de incentivo, formação e desenvolvimento, programas de motivação que envolvam o “bem-estar” dos colaboradores e que lhes garantam a segurança nas actividades de trabalho. Mas isto bastará? Eu acho que não. Em paralelo, deverão também ser incentivados programas desportivos e sociais, de actuação comunitária, planos de carreira, de reconhecimento e crescimento. Um estudo conduzido pela GlobeScan e publicado pelo World Business Council for Sustainable, mostra-nos como a reputação social e ambiental de uma empresa tende a tornar-se, a par do salário, um elemento importante na escolha de uma organização para trabalhar. Os entrevistados mostraram-se avessos a trabalhar em empresas que consideram socialmente irresponsáveis. Mas um outro estudo, muito recente, conduzido por Teresa Amabile, professora na Harvard Business School e Steven Kramer, Investigador e escritor, autores da obra “The Progress Principle”, identificaram os 5 factores de motivação mais importantes para os colaboradores: 1) incentivos, 2) reconhecimento, 3) objectivos claros, 4) apoio profissional e pessoal e 5) a progressão na carreira e chegaram à conclusão que os executivos não entendem e não praticam técnicas de gestão e liderança com vista a uma maior motivação dos seus colaboradores. Por exemplo, apenas 8% dos executivos de topo consideram a progressão nas carreiras como um elemento de motivação, o que contrasta com a opinião dos colaboradores. Interessante, não é ?

Vejamos realmente como “os tempos” são outros. A mudança, a pressão e o ‘stress’ fazem parte do ambiente de trabalho. Por isso, há que torná-lo mais atractivo. E é possível com uma nova abordagem de marketing interno, que inclua novas formas de liderança e ‘coaching’. Quais são as verdadeiras necessidades dos seus colaboradores? Quais são os seus pontos fortes? E a suas fraquezas? De que forma é que poderão dar um melhor contributo à empresa? É precisa uma nova atitude perante a cultura organizacional, com valores favoráveis ao crescimento dos colaboradores, com planos de carreira que funcionem. Não existe certamente melhor estimulo para um colaborador que procura a excelência no seu trabalho do que uma empresa capaz de exibir, como parte da sua cultura, exemplos de carreiras de sucesso. O exemplo é uma força insuperável! Tem dúvidas ?

Assim, as empresas, os bancos, deverão desenvolver programas internos que criem competências e motivem as equipas. O objectivo deverá ser o de conseguirem que os colaboradores trabalhem com paixão e entusiasmo. Deverão ser promovidos estudos internos de medição do nível de satisfação e incentivadas as sugestões e reclamações dos colaboradores, com vista a uma melhoria contínua do funcionamento do banco. O Banco deverá “abrir-se também para dentro”, e com base no seu conhecimento, mostrar que os colaboradores são realmente importantes, não apenas nos relatórios e nas palavras, mas na realidade. Mostrar-lhes que cada um deles pode fazer a diferença, estando claro para todos qual o contributo que cada colaborador poderá dar para os objectivos globais. Neste momento você está a pensar “ah, é muito bonito dizer isso, mas na prática é impossível”. Tudo aquilo que se possa fazer para melhorar o ambiente de trabalho, ter os colaboradores mais satisfeitos e ter um grupo, ainda que pequeno, fidelizado, vale o esforço. É a única forma de um banco ou empresa conseguir criar valor no serviço que presta e, consequentemente, ter também clientes satisfeitos e fidelizados.

Assim, para além da “força” da marca, da reputação, do marketing social, da capacidade de criar parcerias, da inevitável internacionalização e da presença em novas formas de comunicação, parece-me evidente que, nomeadamente os bancos, valem tanto quanto os profissionais que conseguem atrair e fidelizar. Temos um novo desafio empresarial e sectorial que é o dos nossos bancos terem a capacidade de gerir relacionamentos internos. A questão é onde encontrar profissionais com essa flexibilidade e criatividade! Mas eles, andam aí. . .

Bom trabalho!


quinta-feira, julho 26, 2012

Marc Zornes of McKinsey & Co warnes of a resource revolution

Precisamos de Endomarketing na Banca!

Este ano tem sido marcado pelas questões financeiras, pela austeridade, pelos indicadores económicos. Aliás, esteve em causa a sobrevivência do sector financeiro. Felizmente, em Portugal, a maioria das instituições financeiras souberam sempre fazer bem o trabalho de casa e neste momento, mesmo aquelas que estavam em situação mais complexa, começam a encontrar rumo.

Todavia, é um campo que não dá descanso, pois depende também muito dos acontecimentos externos… e o fenómeno Grécia não tem ajudado! Mas se de um ponto de vista analítico e financeiro estamos “em processo” e sem dúvida em “boas mãos”, as instituições financeiras ainda têm um longo caminho a percorrer na sua orientação para as Pessoas, para os Colaboradores. E o que é curioso, mesmo para aqueles mais analíticos, uma organização que incentive os talentos individuais, a realização de sonhos, alimentando motivações, força, energia e entusiasmo, criará maior valor para todos os Stakeholders, e a médio prazo gerará melhores resultados.

Um dos maiores desafios que as instituições financeiras têm do ponto de vista organizacional nos próximos anos, não é financeiro, é de endomarketing. Uma nova orientação de Recursos Humanos, aliada a uma visão de Marketing com recurso a técnicas de comunicação interna. Para isso ser exequível, a equipa responsável por este desafio terá de servir de inspiração a comportamentos éticos e tornar-se num "projecto maior", onde todos são elementos activos, onde podem crescer e desenvolver continuamente as capacidades pessoais e organizacionais. E estas mudanças para acontecerem têm que partir com o apoio do topo. Dos gestores, dando o exemplo e incentivando uma nova cultura empresarial, que deverá ser muita mais aberta, flexível e exigente.

Para isso é fundamental que se implemente uma gestão com base na meritocracia, assente no mérito das pessoas, onde as posições hierárquicas são conquistadas com base no merecimento e com uma predominância de valores associados à educação, formação e competência. Cada colaborador tem que sentir que a instituição financeira o permite ser autêntico, viver o que realmente é, ser criativo e inspirador. O discurso e a mensagem da comunicação interna têm que mudar. Dá-se demasiada importância à cultura do Powerpoint e o negócio, e os Clientes ? Quem é que todos os dias dá a cara pela instituição financeira ? Quem é que faz uma gestão relacional com os Clientes ? Todos são importantes e todos são bem-vindos, independentemente da função e da categoria, desde que queiram trabalhar e ultrapassar os seus limites, querendo dar sempre mais e melhor à instituição. Têm é que ser criadas oportunidades para as Pessoas expressarem os seus talentos. Como é que isto se faz ? A resposta não é simples, depende da realidade de cada instituição, mas partilho algumas reflexões, que serão aprofundadas nas próximas edições da revista Inforbanca, que se baseiam em experiências internacionais de outros bancos e algumas leituras sobre esta temática.

1)Torna-se imperioso o desenvolvimento de Competências de Marketing e “Intelligence” sobre os Colaboradores.

2)Novos e melhores instrumentos de Medição e avaliação de RHs são necessários.

3)Como reduzir custos de RHs, sem retirar benefícios a colaboradores é o caminho. E não o contrário!

4)Implementar uma abordagem relacional segmentada com os colaboradores. Gestores de Recursos Humanos precisam-se!

5)Incentivar uma formação Selectiva, costumizada gerando VAL positivo, em detrimento de uma formação massificada, apenas para as estatísticas.

Em suma, todos nós estamos a viver tempos que nunca vivemos. Novos desafios, mas novas oportunidades. Oportunidade de sermos lideres de nós próprios, de termos iniciativa em prole da instituição financeira, inclusive de nos rirmos de nós próprios. Isto significa que as instituições financeiras têm um caminho organizacional a percorrer, mas também que cada colaborador é determinante para o sucesso no destino desse caminho. Basta ter vontade de expressar o que se tem de melhor, em cada momento, ser ambicioso e “o melhor” naquilo que se faz, investir na aprendizagem, como também nas relações interpessoais e procurar fazer o trabalho com paixão, expressando os talentos, de forma inspiradora. Não tenho dúvidas que o Cliente e o Accionista serão os principais beneficiados. Boas férias de Verão.

Artigo publicado na Revista Inforbanca de Julho.